Ações em queda, lucros em disparada: Ferrari supera previsões no 3º trimestre
Ações em queda, lucros em disparada: Ferrari supera previsões no 3º trimestre. Veja como estão os números da marca italiana.
As ações da Ferrari podem ter despencado, mas seus lucros estão disparando. A Ferrari superou as expectativas do terceiro trimestre, com o aumento da receita e o sólido crescimento do lucro ajudando a estabilizar a marca de luxo após a recente queda no mercado de ações.
Ferrari supera previsões no 3º trimestre
A montadora italiana reportou um lucro líquido de US$ 439,5 milhões para o período de julho a setembro, um aumento de quase 2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e bem acima das expectativas dos analistas, que previam US$ 423 milhões.
O resultado reforça a resiliência do modelo de negócios da marca, que continua a gerar altas margens. A receita líquida totalizou US$ 2,04 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior. O total de unidades vendidas atingiu 3.401 no período.
O crescimento foi impulsionado por um mix de produtos mais robusto e, crucialmente, pelo aumento da demanda por opções de personalização. Ambas as tendências são citadas como fatores-chave para o faturamento da montadora sediada em Maranello.

Confiança na visão para 2030
Apesar da volatilidade recente no mercado, a gestão da Ferrari está confiante em relação ao futuro. O CEO, Benedetto Vigna, afirmou que a empresa está avançando “com convicção e forte visibilidade”, enfatizando a clara direção de longo prazo delineada para 2030, que visa o crescimento sustentável.
A empresa reafirmou sua projeção revisada para 2025, mantendo a expectativa de receita líquida de pelo menos US$ 8,2 bilhões neste ano, acima da previsão anterior de pouco mais de US$ 8,1 bilhões. Essa atualização positiva é atribuída a uma “composição de produtos cada vez mais favorável”, forte demanda por personalização e custos industriais menores do que o esperado no segundo semestre de 2025.
Resultados acompanham forte queda das ações
Este desempenho positivo no terceiro trimestre vem na sequência de um período turbulento no mercado de ações. Em 9 de outubro, as ações da Ferrari despencaram 15,4%, no que foi o pior dia de negociações da história da empresa desde sua estreia na Bolsa de Valores de Milão em 2016. A queda ocorreu depois que a projeção de longo prazo para 2030 ficou aquém das expectativas do mercado.
Apesar do choque acionário, os resultados mais recentes mostram que os negócios da Ferrari permanecem sólidos, sustentados por preços competitivos, alta demanda e disciplina operacional consistente, reforçando sua posição no mercado de luxo.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.