Hyundai Veloster: Por que pensar duas vezes antes de comprar o hatch coreano

O Hyundai Veloster vale a pena? Descubra os principais motivos para não comprar o hatch coreano: motor fraco (1.6), problemas crônicos (cinta do airbag e direção) e suspensão dura. Entenda por que o desempenho não condiz com o visual e os alertas dos proprietários.

Hyundai Veloster é inegavelmente um carro que chama a atenção. Com seu design ousado, teto solar panorâmico e a curiosa configuração de três portas (uma do lado do motorista e duas do lado do passageiro), ele se destacou no mercado brasileiro. No entanto, por trás do visual arrojado, existem vários pontos levantados por especialistas e proprietários que servem como alertas importantes para quem pensa em adquiri-lo.

Hyundai Veloster: Por que pensar duas vezes antes de comprar o hatch coreano

Se você busca um carro que cumpra a promessa de esportividade e tenha manutenção simplificada, o Veloster pode decepcionar. Este é, talvez, o ponto mais criticado do Veloster no Brasil: a discrepância entre o nome (Veloster remete à velocidade) e a performance real.

  • Motorização “Capada”: O modelo vendido aqui veio equipado com um motor 1.6 16V aspirado, o mesmo utilizado no Hyundai HB20.
  • A “Mentira” dos 140 cv: No lançamento, a Hyundai divulgou a potência de 140 cv, mas testes e medições comprovaram que o motor entregava, na verdade, cerca de 128 cv.
  • Desempenho Fraco: Com isso, o carro era considerado “manco” ou “xoxo” para o seu apelo visual. O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h chegava a ser pior que o de alguns carros populares da época, tornando a experiência de direção frustrante para quem esperava um verdadeiro esportivo.
Hyundai Veloster: Por que pensar duas vezes antes de comprar o hatch coreano - Foto: Divulgação
Hyundai Veloster: Por que pensar duas vezes antes de comprar o hatch coreano – Foto: Divulgação

 

Problemas Crônicos de Manutenção

Apesar de compartilhar peças do motor com o popular HB20 (o que barateia a manutenção básica), o Veloster apresenta defeitos crônicos bem conhecidos que podem gerar dor de cabeça e custos extras:

  • Cinta do Airbag: Um problema comum na marca, o rompimento da cinta do airbag faz com que a luz de advertência acenda no painel e, pior, desativa os botões e comandos do volante (como piloto automático e som).
  • Bucha Estrela da Direção: Falha crônica na caixa de direção (muitas vezes uma pequena engrenagem de plástico) que causa folga e ruídos no volante. É uma peça barata, mas exige mão de obra para ser trocada.
  • Multimídia e Cosméticos: Falhas no touch da central multimídia e problemas na pintura da carroceria e das rodas, que tende a descascar prematuramente.
  • Teto Solar (Raridade, mas Existe): Há relatos de ferrugem nas calhas de drenagem do teto solar, que podem reter água.
Foto: Divulgação

Dirigibilidade e Conforto Questionáveis

O apelo esportivo se reflete em aspectos que prejudicam o conforto no dia a dia nas estradas brasileiras:

  • Suspensão Dura: A suspensão, que não é independente na traseira (usa eixo de torção), é considerada dura. Combinada com rodas de perfil baixo (aro 18), ela sofre em ruas com buracos e transmite muitas “batidas secas” para a cabine.
  • Espaço Interno: O banco traseiro tem espaço limitado para a cabeça, especialmente devido ao caimento do teto e do teto solar panorâmico. Pessoas com mais de 1,70 m podem sentir desconforto.
  • Pontos Cegos: O design excêntrico da traseira, com colunas grossas, cria grandes pontos cegos, exigindo atenção redobrada do motorista.

O Hyundai Veloster é um carro que se compra pelo visual e pela exclusividade da sua configuração de três portas, tornando-se uma opção de bom custo-benefício para quem busca apenas estilo no mercado de usados. No entanto, se o seu foco é potência, desempenho esportivo compatível com o design, ou uma manutenção totalmente livre de crônicos e alto conforto, há opções mais equilibradas no mercado.

O que pesa mais para você: o design exclusivo do Veloster ou os problemas crônicos e o motor “manco”? Compartilhe sua experiência se você já teve um ou deixe sua opinião sobre o controverso hatch coreano! Comente abaixo!

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.