Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9%, de olho na inflação
Petrobras anuncia queda de 4,9% no preço da gasolina (R$ 0,14/litro), a segunda redução do ano. Entenda o impacto da decisão e se a economia chegará à bomba.
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (21 de outubro de 2025) um corte de 4,9% no preço da gasolina vendida às distribuidoras. Com a medida, que entra em vigor imediatamente, o preço da gasolina nas refinarias cai em R$ 0,14 por litro, chegando a R$ 2,71 por litro.
Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9%, de olho na inflação
Esta é a segunda redução promovida pela estatal neste ano, acumulando um decréscimo total de 10,3% desde janeiro. A iniciativa se alinha à política de preços da companhia, que busca espelhar as flutuações do mercado internacional de petróleo e aliviar os custos para o consumidor final.
A principal força motriz para o ajuste é a queda nas cotações internacionais do petróleo. Segundo a Petrobras, a baixa é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo mudanças geopolíticas e uma retração na atividade econômica global.
A expectativa do governo e da própria companhia é que a redução ajude a esfriar a economia doméstica. A gasolina é um item de peso no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e sua diminuição pode impactar positivamente a luta contra a inflação no país.
Desde dezembro de 2022, a Petrobras já acumula uma redução de 22,4% (R$ 0,36 por litro) no preço do combustível para as distribuidoras, demonstrando uma estratégia de longo prazo para absorver a volatilidade externa sem repassá-la integralmente e de imediato ao consumidor.
Do tanque da refinaria à bomba: os desafios do repasse
Embora o anúncio seja positivo para as distribuidoras, a economia para o consumidor final nos postos de gasolina não é garantida ou imediata.
A Petrobras ajusta o preço da gasolina A (pura), que só se torna a gasolina C (vendida na bomba) após ser misturada ao etanol anidro. Além disso, o preço final pago pelo motorista é composto por uma série de variáveis que estão fora do controle da estatal:
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Custos de Logística (transporte e distribuição).
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Impostos Estaduais (como o ICMS).
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Margens de Revendedores (lucro dos postos).
Portanto, a decisão de repassar integralmente a economia de R$ 0,14 por litro é de responsabilidade de cada distribuidora e revendedor.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.