Americanos rejeitam qualquer tipo de transição para carros elétricos e podem ficar “para trás”
Descubra por que os americanos estão rejeitando a transição para veículos elétricos, enquanto o resto do mundo acelera a eletrificação. Entenda as consequências para a indústria automobilística dos EUA.
Em um movimento que contraria a tendência global, a população dos Estados Unidos demonstra resistência à transição para veículos elétricos, e o governo parece estar cedendo a essa pressão. Enquanto o resto do mundo, incluindo países em desenvolvimento, acelera a eletrificação, o país corre o risco de se tornar um “retardatário tecnológico”, com profundas implicações para sua indústria automobilística no futuro.
O Mundo Acelera, os EUA Freiam
Recentemente, as regulamentações de economia de combustível e de emissões de gases de efeito estufa nos EUA foram flexibilizadas, aliviando a pressão sobre as montadoras para produzir mais veículos elétricos. Essa mudança de rota reflete a baixa demanda interna por VEs, um cenário que contrasta drasticamente com a realidade de outros países.
A China, por exemplo, já tem quase metade de seu mercado de veículos composto por carros plug-in. Outras nações, como Vietnã, Turquia e Indonésia, também apresentam uma alta taxa de adoção de VEs. Nesses países, os veículos elétricos são mais atraentes devido aos menores custos de propriedade, aos preços mais altos da gasolina e aos problemas de poluição do ar.
Enquanto isso, nos EUA, a preferência por veículos a combustão ainda é forte. A indústria automobilística, que sempre priorizou a eficiência e o desempenho, se vê em uma encruzilhada. As montadoras com atuação global, que investem pesado em tecnologia elétrica para outros mercados, podem se ver forçadas a manter tecnologias ultrapassadas apenas para atender à demanda americana.
Montadoras enfrentam desafios
A falta de entusiasmo dos americanos pelos VEs cria um desafio especial para as montadoras estrangeiras que atuam nos EUA. Empresas como Volkswagen, Volvo e Polestar, que investiram pesadamente em eletrificação, agora precisam rever suas estratégias.
A Volkswagen, que abandonou os híbridos para focar nos VEs, se esforça para se adaptar à demanda por veículos elétricos e híbridos. A Volvo e a Polestar, que importam a maioria de seus modelos da China, enfrentam o desafio das novas tarifas e da desaceleração nas vendas de VEs.
O problema, segundo especialistas, pode ter raízes culturais e de comunicação. Muitos americanos sentiram que a transição para os elétricos estava sendo “forçada”, o que gerou uma polarização em torno do tema. A falta de infraestrutura de carregamento robusta e a pouca familiaridade com a tecnologia também contribuíram para a resistência.
Enquanto o mercado global avança em direção a um futuro eletrificado, os EUA continuam a seguir um caminho diferente. A pergunta que fica é: por quanto tempo a maior economia do mundo poderá ignorar a tendência global sem perder sua relevância tecnológica e industrial?
Por que os americanos resistem tanto aos carros elétricos? Você acha que essa relutância é justificada? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.