Deu boa: governo autoriza isenção de impostos para marcas importarem carros desmontados
Governo oferece isenção de impostos para importação de carros desmontados. Entenda o impacto dessa medida no mercado
Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou uma medida que promete agitar o mercado automotivo: a isenção de impostos para marcas que importam carros desmontados.
Essa decisão, que afeta principalmente os modelos eletrificados, é uma das mais recentes iniciativas do governo para impulsionar o setor. No entanto, o impacto dessa medida vai muito além do que parece à primeira vista. Acompanhe o Garagem360 e veja mais detalhes!
Isenção de impostos para marcas importarem carros desmontados?
A portaria Secex nº 420, que entrou em vigor no final de julho, liberou a importação de kits SKD e CKD com alíquota zero para 15 montadoras selecionadas.
A princípio, a medida é válida por seis meses, e vai permitir que as marcas que participam do programa importem veículos eletrificados com menos custos, com um total de US$ 463 milhões em cotas, o equivalente a R$ 2,6 bilhões.
Mas qual é o objetivo por trás dessa medida? Ao isentar a importação de carros desmontados, o governo busca estimular a instalação de linhas de montagem no Brasil, além de garantir maior competitividade para os carros eletrificados no mercado nacional.
Como funciona a isenção de impostos e quais marcas são beneficiadas?
Inicialmente, a isenção é focada principalmente nas montadoras que atuam com modelos híbridos, híbridos plug-in e elétricos 100% a bateria.
A lista das empresas que foram autorizadas a importar veículos desmontados inclui marcas de renome; confira:
- Audi
- BMW
- BYD
- Caoa Montadora
- GAC
- GWM
- Honda
- Hyundai
- Mercedes-Benz Cars & Vans
- Toyota
- Omoda Jaecoo
- Porsche
- Volvo Car
- Renault
- Jaguar Land Rover
Com essa isenção, o governo busca abrir mais espaço para essas montadoras no Brasil e impulsionar a produção de veículos eletrificados, embora críticos questionem se isso realmente beneficiará a indústria nacional e a geração de empregos.
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Medida tem gerado controvérsia
A principal crítica vem das associações de fabricantes nacionais e montadoras tradicionais como Toyota, GM e Volkswagen, que alegam que a isenção pode prejudicar os investimentos planejados para o setor automotivo, que somam R$ 180 bilhões.
Além disso, há quem defenda que a produção parcial (no modelo SKD) não gera o mesmo nível de empregos e transferência de tecnologia que a produção local completa. Será que essa isenção realmente vai estimular o setor a longo prazo?
Impactos a longo prazo: o que esperar?
Enquanto o governo aposta que a isenção pode acelerar a fabricação de veículos eletrificados no Brasil, especialistas apontam que a medida pode resultar em consequências inesperadas. Contudo, a falta de transferência tecnológica e a geração reduzida de empregos nas linhas de montagem podem ser um obstáculo no futuro.
Além disso, as cotas temporárias e a mudança na alíquota do imposto de importação sobre veículos eletrificados, que passará de 25% a 30% para 35% em 2027, geram incertezas sobre o real impacto da medida para a indústria automotiva nacional.
E você, o que acha dessa medida? Acredita que a isenção de impostos ajudará a impulsionar a produção nacional de veículos eletrificados ou que trará mais prejuízos do que benefícios? Deixe sua opinião nos comentários!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fez da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.