O número de carros elétricos vem crescendo em todo o mundo. Apesar da maioria dos carros ainda serem movidos a combustão, estes “veículos verdes” já estão mais presentes. Mas será que existem diferenças entre eles quando falamos de condutas do motorista? Um estudo realizado pela Cambridge Mobile Telematics (CMT) mostra justamente isso.
Estudo de empresa mostra diferenças na conduta do motorista de carros elétricos e de carros a combustão
A empresa, que é referência em serviços de telemática, trouxe várias análises importantes sobre as diferenças de risco entre a condução de carros comuns (a combustão) e veículos 100% elétricos. Isso considerando algumas variáveis, como a fadiga do motorista, a autonomia do carro, a condução distraída e o excesso de velocidade.
A empresa mostrou detalhes do estudo na última semana, durante o Insurance Institute for Highway Safety Charging In an Electrified Future Conference. O tema “Electric Drivers: Changes in Driver Behavior” foi apresentado por Ryan McMahon. Ele é vice-presidente de estratégia da CMT.
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Motoristas de Tesla correm menos riscos
Dentre as análises mostradas, as que envolvem carros da Tesla chamam a atenção. As chances de motoristas se envolverem em um acidente dirigindo um Tesla são 50% menores que as chances dos mesmos condutores se acidentarem dirigindo outros veículos.
Segundo Ryan McMahon, as chances de motoristas de Porsche se envolverem em acidentes é maior do que ao volante de outros veículos.
“Realizamos a mesma análise em indivíduos que operam um Porsche e outro veículo. Neste caso, observamos o efeito contrário. Os motoristas da Porsche são 55% mais propensos a colidir enquanto dirigem seu Porsche em comparação com o outro veículo”, analisou o vice-presidente de estratégia da CMT.
Outro dado interessante fala sobre distração no trânsito. De acordo com o estudo, motoristas de veículos da Tesla possuem menos chances de ficarem distraídos com um celular (21%) do que quando estão em outros carros.
Sem falar que os condutores de carros da empresa norte-americana ainda podem estar mais atentos ao limite de velocidade.
Ou seja, mais propensos a respeitar os limites. Lembrando que os riscos de aceleração por parte de motoristas de carros 100% elétricos variam entre 180% e 340% a mais de quando eles conduzem carros tradicionais.
Com relação à diminuição dos riscos para os condutores de EVs (carros elétricos), a empresa diz que: “A chave para reduzir o risco para os motoristas de VE é uma compreensão mais profunda das variáveis de risco que afetam os resultados de segurança”.
Mercado de elétricos no Brasil e nos Estados Unidos
Apesar de já ser comum ver veículos 100% elétricos nas ruas, as vendas ainda representam apenas uma pequena parcela de todas as vendas de automóveis aqui no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, foram vendidas 1.288 unidades durante o primeiro trimestre deste ano.
Ou seja, as vendas representaram uma fatia de 0,3% de todos os veículos vendidos. Enquanto isso, nos Estados Unidos, foram vendidas 81.292 unidades, de acordo com o portal Veloz, durante o mesmo período.
Sendo que a Tesla ocupa as primeiras três posições no ranking de modelos mais vendidos: Model Y (52.051 unidades); Model 3 (47.682 unidades) e Model S (9.250 unidades).
Com informações de Cambridge Mobile Telematics (CMT)
