Quanto custaria a gasolina se não tivesse imposto?
Descubra o que realmente está por trás do preço da gasolina! Entenda o impacto dos impostos, o papel da Petrobras e a influência do etanol no valor que você paga no posto.
Imagine ir ao posto e pagar pela gasolina sem a carga de impostos federais e estaduais. Seria um alívio para o bolso, não é mesmo? A verdade é que, se considerarmos a retirada completa dos tributos, o preço do combustível cairia significativamente, mas a realidade é mais complexa.
O peso dos impostos no preço da gasolina
Para entender o impacto dos impostos, é preciso saber do que o preço final da gasolina é composto. Ele é a soma de quatro fatores principais:
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Preço de realização da Petrobras: É o valor do combustível refinado e vendido pela estatal às distribuidoras.
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Impostos federais: Como o PIS/PASEP e a COFINS, que incidem sobre a venda do combustível.
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Imposto estadual: O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que varia de estado para estado.
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Custo de distribuição e revenda: A margem de lucro das distribuidoras e dos postos de gasolina.
Em uma gasolina vendida a R$ 5,99, por exemplo, o preço sem os impostos e a parcela da Petrobras seria de R$ 3,82. Isso significa que cerca de 45% do valor total do combustível é composto por impostos e pela parcela da estatal.
A mistura de etanol também influencia
Além dos impostos, outro fator que afeta o preço final é a mistura obrigatória de etanol anidro, que atualmente é de 27,5% em todo o país. Se o preço do etanol aumenta, o preço da gasolina também tende a subir. A mistura foi criada para diminuir a dependência do petróleo e reduzir a emissão de poluentes.
E se os impostos fossem zerados?
Se os impostos fossem completamente zerados, a gasolina seria mais barata. Mas é importante lembrar que os valores arrecadados são usados pelo governo para financiar serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança.
É por isso que, em momentos de alta no preço do combustível, o governo federal pode zerar temporariamente os impostos federais, como o PIS e a COFINS, para tentar aliviar a pressão no bolso do consumidor, mas essa é uma medida pontual. A maior parte dos impostos que incidem sobre a gasolina são estaduais, e a redução ou isenção deles depende dos governadores.
A discussão sobre o preço dos combustíveis é constante e complexa, com muitos fatores envolvidos. E você, o que acha?
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.