Em um cenário automotivo cada vez mais eletrificado, a Toyota surpreende o mundo com um motor a combustão que promete ser um divisor de águas: o G20E. Com a capacidade de superar a marca dos 600 cavalos de potência, esse propulsor de 2.0 litros turbo não é apenas um feito de engenharia, mas um manifesto da marca japonesa pela permanência dos esportivos movidos a gasolina.
Toyota prepara novo motor 2.0 de até 600 cavalos de potência – Foto: Divulgação
Toyota prepara lançamento de motor 2.0 turbo com mais de 600 cv de potência
Ainda que a ideia de um motor de quatro cilindros com tal potência possa soar audaciosa, a Toyota demonstra que não está disposta a abrir mão da emoção da combustão interna.
O G20E, parte de uma nova geração de blocos a gasolina que inclui versões aspiradas e turbinadas com assistência elétrica, surge com a proposta de aliar eficiência e performance em níveis inéditos.
O G20E já ecoa no Japão e na Europa, gerando burburinho e expectativas. Rumores apontam para seu uso em modelos emblemáticos, como o aguardado Toyota Celica “renascido”. Sua primeira aparição pública, de forma inusitada, foi na traseira de um GR Yaris, no conceito GR Yaris M-Concept, um prenúncio do que estava por vir.
Inicialmente, a Toyota divulgou que o motor entregaria entre 400 e 450 cv para veículos de rua e até 600 cv para aplicações em competição. No entanto, em uma entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport, a montadora revelou que, com um turbo de maior porte, o G20E poderia ultrapassar os 600 cv até mesmo em versões de produção.
O objetivo atual? “Testar até quebrar”, segundo a própria Toyota, empurrando os limites do motor ao extremo.
Lendário Toyota Supra pode receber novo motor – Foto: Divulgação
O GR Yaris M-Concept já está confirmado para competir na Super Taikyu Series no Japão e nas 24 Horas de Nürburgring em 2026, demonstrando o compromisso da marca em provar a robustez e o potencial do G20E.
A grande questão que paira no ar é: o G20E será o digno sucessor do lendário 2JZ, motor que impulsionou o Toyota Supra de terceira geração e se tornou um ícone mundial?
Muitos entusiastas apostam que sim, apesar de ter dois cilindros a menos. A Toyota parece concordar, projetando o G20E para celebrar o passado da marca com uma proposta moderna: leve, resistente, com arquitetura limpa e flexibilidade para diversas configurações de montagem.
O diferencial do G20E reside em seu projeto que já contempla preparações futuras. Os engenheiros deixaram espaço entre os cilindros para possíveis aumentos de diâmetro e desenvolveram o bloco para ser facilmente modificado por terceiros. Isso abre um universo de possibilidades para preparadores e entusiastas que buscam extrair ainda mais performance.
O principal desafio para o G20E não está na engenharia, mas nas rigorosas normas de emissões, como a Euro 7. Contudo, a Toyota enxerga o G20E como uma base para algo maior. Embora uma versão de rua com 600 cv ainda não tenha sido confirmada, o potencial é inegável.
A mensagem da Toyota é clara: o futuro da performance japonesa ainda reserva um lugar de destaque para os motores a combustão, desafiando as expectativas e reacendendo a paixão por carros que fazem a alma vibrar.
Você acredita que o G20E pode realmente se tornar o novo 2JZ e redefinir o conceito de esportivos a combustão?
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.