Robotáxi da Tesla tem lançamento adiado por falta de segurança
Confira os motivos pelos quais o lançamento do Robotáxi da Tesla foi adiado
Nem todo avanço tecnológico acontece sem freios. O tão esperado lançamento do Robotáxi da Tesla, prometido para junho nos Estados Unidos, pode não acontecer como o previsto. A ideia de colocar carros 100% autônomos circulando livremente pelas ruas parece próxima, mas ainda encontra resistência — e o principal motivo está ligado à segurança.
Nos bastidores, a NHTSA (Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA) pressiona a Tesla por respostas. O órgão quer garantias claras de que os veículos não colocarão vidas em risco, especialmente em situações complexas como neblina, chuva intensa e tráfego urbano denso. Logo abaixo, o Garagem360 traz mais detalhes sobre esse cenário. Acompanhe!
As exigências que travaram o lançamento do Robotáxi da Tesla
A NHTSA estabeleceu um prazo: até 19 de junho, a Tesla precisa entregar uma lista de informações técnicas sobre a nova versão do sistema Full Self-Driving (FSD), que será usada nos Robotaxis. A agência quer saber como esse sistema se comporta sem a supervisão humana — já que a nova versão prometida pela Tesla será totalmente autônoma.
Diferente de concorrentes como a Waymo, que utiliza sensores LiDAR para criar mapas tridimensionais do ambiente, a Tesla aposta em um sistema baseado apenas em câmeras e inteligência artificial. Isso levanta dúvidas: será que só as câmeras dão conta de ambientes imprevisíveis?
Tecnologia ainda no nível 2 de autonomia
Atualmente, o FSD da Tesla é classificado como nível 2 na escala de autonomia da SAE (Society of Automotive Engineers). Isso significa que o motorista ainda precisa manter as mãos no volante e atenção total ao trajeto. No entanto, os Robotaxis propostos seriam não supervisionados, algo muito mais avançado — teoricamente no nível 4 ou 5 de autonomia.
É exatamente essa transição que preocupa os reguladores. Afinal, pular etapas sem o devido respaldo técnico e estatístico pode custar caro. Inclusive, a Tesla ainda está sendo investigada por quatro colisões envolvendo o FSD, incluindo um acidente fatal.
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O que a NHTSA quer saber da Tesla?
A agência norte-americana pediu informações específicas, como:
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Quantos Robotaxis estarão nas ruas no lançamento.
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Qual o nível oficial de autonomia dos veículos.
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Se haverá algum tipo de monitoramento remoto em tempo real.
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Como o sistema reage a situações de risco, como obras na via ou ausência de sinalização.
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Quais sensores serão utilizados além das câmeras.
Além disso, a Tesla precisa informar se pretende pedir isenções às normas federais de segurança veicular (FMVSS), o que abriria precedentes para que os Robotaxis operem fora dos padrões exigidos dos carros comuns.
Robotáxi em xeque: quando (ou se) ele chega?
Até o momento, a NHTSA não divulgou uma nova previsão oficial. O que se sabe é que, se as respostas da Tesla forem consideradas insatisfatórias, o lançamento pode ser adiado mais uma vez — e não há garantias de que será a última.
Elon Musk, como sempre, se mantém otimista e insiste que os Robotaxis serão um divisor de águas na mobilidade urbana. Mas por enquanto, a estreia comercial da frota depende menos da ambição e mais da comprovação técnica de que os veículos são seguros para todos.
E você, como avalia o robotáxi da Tesla? Comente e compartilhe a sua opinião com outros leitores do Garagem360.
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