Como a inflação acumulada 2024 afetou o preço dos carros
Como a inflação acumulada 2024 afetou o preço dos carros e como reduzir seu impacto no financiamento do carro (novo ou usado).
Em dezembro, a inflação apresentou uma alta de 0,34% em dezembro e fechou o ano com variação acumulada de 4,71%. Mas como a inflação acumulada em 2024 afetou o preço dos carros?
Esse fantasma que assombra a nossa economia afeta o bolso do consumidor e seu poder de compra. Um dos setores mais afetados é o automotivo, principalmente na hora do financiamento. Entenda!
Como a inflação acumulada em 2024 afetou o preço dos carros?
Em linhas gerais, a inflação representa um aumento generalizado dos preços de bens e serviços. Em outras palavras, o dinheiro perde o poder de compra ao longo do tempo.
Ocorre que na produção de veículos, esse impacto é cumulativo, pois afeta o preço das matérias primas. Aço, plástico, componentes eletrônicos e outros insumos utilizados na fabricação de carros tiveram seus preços elevados devido à inflação global e local.
Soma-se aí impostos, escassez de determinados materiais, aumento do custo de mão de obra, logística e desvalorização cambial. A combinação desses fatores resultou em um cenário cada vez mais desafiador para os consumidores.
Os preços dos carros novos subiram de forma significativa e os usados quase não apresentaram depreciação. Prova disso, são os preços dos carros novos, que já partem dos R$ 70 mil e não são os mais equipados.
Mês a mês os carros tiveram reajuste nos preços. Um exemplo é o Volkswagen Polo, que iniciou 2024 vendido a R$ 87.990 e terminou o ano a R$ 96.490. Foram sucessivos aumentos em agosto, setembro e outubro.
Os impactos no financiamento
Os principais efeitos da inflação incluem a redução do poder de compra, aumento nas taxas de juros, desvalorização da poupança e incerteza econômica.
Com o aumento da inflação, o Banco Central precisa elevar a taxa básica de juros (Selic), a mesma utilizada para o crédito, tornando-o mais caro, o que impacta diretamente na taxa de financiamento de veículos, aumentando ainda mais o custo total pago.
Ou seja, se o Polo já está caro à vista, quando financiado, ele fica ainda mais caro. Veja o exemplo:
Taxa de 1% ao mês igual à parcela de R$ 1.520,00
Agora se essa taxa aumentar apenas 0,5%, passando a 1,5% a parcela já sobe para de R$ 1.700,00. Ao longo de um financiamento em 48 meses, o aumento será de 8.640,00 a mais.
Agora imagina uma inflação de 4,71% evidenciada em 2024? Essa mesma prestação de 1.520,00 supera os R$ 2.000. A sorte é que as empresas absorvem parte desses custos, oferecem banco próprio com taxas reduzidas, como é o caso do Banco Volkswagen com 1,3% de juros ao mês.
O que fazer para reduzir o impacto na inflação no financiamento?
Infelizmente não é possível fugir da inflação, mas é possível reduzir seu impacto no financiamento, mas não é tão fácil:
Entrada maior
Um valor de entrada maior reduz o valor financiado e como consequência a taxa de juros total. Além disso, o tempo de pagamento é menor.
Nossa dica é procurar ofertas com taxa zero. Geralmente, as montadoras oferecem essas condições com um percentual de entrada maior. Uma promoção recente da Nissan para o Versa oferece taxa zero com 60% de entrada e saldo devedor em até 24 vezes. (veja aqui).
Opte por prazos mais curtos
Prazo mais curto minimiza o impacto da inflação ao longo prazo, já que o tempo de financiamento é menor. Se possível, opte por financiamentos de 12 ou 24 vezes e nunca de 60 ou 72 vezes porque no final você pode pagar até 3 vezes o valor inicial que foi financiado.
Pesquise e negocie
Verifique todas as ofertas disponíveis no site, concessionárias e instituições financeiras. Um banco pode cobrar uma taxa de juros superior a 2% ao mês, enquanto outros reduzem esse valor, principalmente os bancos das montadoras.
Carro novo vs usado
Em via de regra, carros novos apresentam uma taxa de juros mais baixa que os usados, justamente para incentivar o consumo. Além disso, quanto mais velho o veículo, maiores são os juros.
No final, um carro usado pode sair mais caro do que um novo, dependendo do ano, banco e taxa de juros.
Eai, vai financiar um veículo em 2025? Responda nos comentários!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.