Última parcela do auxílio emergencial aumenta venda de carros no Norte e Nordeste
O auxílio emergencial, concedido pelo governo federal durante a pandemia, impulsionou as vendas nas regiões Norte e Nordeste.
O auxílio emergencial, concedido pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus, impulsionou as vendas do setor automobilístico nas regiões Norte e Nordeste. A informação foi apurada por um levantamento que registrou retomada mais robusta e queda menor em relação a 2019 do que as regiões Sul e Sudeste, por exemplo!
No estado do Pará, por exemplo, 64,5% da população recebeu o benefício, segundo o IBGE. Ao mesmo tempo, a venda de veículos leves registrou um aumento de 33,8% se comparado com os meses de novembro deste ano e de 2019.
Já no Maranhão, que teve 65,5% da população beneficiada pelo auxílio, a alta nas vendas no mesmo período foi de 31%.
De acordo com Cassio Pagliarini, sócio da consultoria Brigh, o público dessas compras é composto por donos de mercados, lojas de material de construção e farmácias, entre outros estabelecimentos.
Roberto Cortes, presidente da VWCO (Volkswagen Caminhões e Ônibus), relatou sentir um aumento na venda de veículos de menor porte, similares ao Ford Transit 2021. “Foram os caminhões pequenos e médios que sentiram uma demanda, fizeram com que milhões de brasileiros consumissem durante a pandemia”, disse.
Especificamente no Nordeste, nos meses de abril e maio, também houve aumento no número de vendas de motocicletas – o maior do Brasil. Anteriormente, no primeiro trimestre de 2020 e em 2019, as regiões Sul e Sudeste que ocupavam esse posto.
“A partir do segundo semestre, todas as regiões voltaram quase ao mesmo patamar do período anterior à pandemia. Após o retorno da produção nas fábricas, houve prioridade na distribuição de motocicletas para as regiões Norte e Nordeste, onde a participação de vendas na modalidade consórcio, são maiores. Com isso, houve maior número de emplacamentos no segundo semestre nessas localidades”, analisou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Na região Centro-Oeste, o cenário foi de perdas nas vendas de automóveis. “Essa região é fortemente impactada pelo agronegócio e tem uma queda média de 17% nos emplacamentos [ao longo de 2020], enquanto áreas mais dependentes do turismo e dos serviços registram maiores perdas”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.