História sem fim: Ford Ranger passa por novo recall; entenda
Ford Ranger passa por recall. São quase 100 unidades que devem passar por inspeção ou troca de insuflador de ar.
Imagine ter que fazer o recall de quase 100 mil unidades porque uma peça do recall anterior foi instalada errada? Essa história sem fim está acontecendo com a Ford, que terá que substituir um componente dos airbags de 98.550 unidades da Ford Ranger.
O pior disso é que a culpa nem é da fabricante, mas sim dos funcionários das concessionárias terceirizadas que fizeram a instalação incorreta dos infladores do airbag. Como não é possível saber se todos foram instalados incorretamente, a marca promoveu um novo mega recall.
As inspeções começam em 27 de março e não afetam as Ford Ranger vendidas no Brasil.
Mega recall da Ford Ranger
O recall é para os modelos fabricados entre 2004 a 2006 para os airbags de passageiros Takata defeituosos, que podem ter sido instalados incorretamente. Em uma possível colisão, o dispositivo pode não proteger os ocupantes.
Segundo o comunicado, os proprietários devem se dirigir a uma unidade Ford ou Lincoln para fazer a inspeção e troca, se for necessário.
Os detalhes
Veículos recolhidos: Picapes Ford Ranger 2004-2006 cujos infladores de airbag foram substituídos no recall anterior.
O problema: os técnicos podem ter instalado o inflador do airbag incorretamente. Caso seja acionado, poderá ferir os ocupantes do veículo.
A correção: as concessionárias Ford e Lincoln farão a inspeção e podem substituir gratuitamente os infladores instalados incorretamente.
Tudo foi descoberto por meio de investigações internas. As apurações mostraram que muitos dos funcionários não entenderam como o sistema funcionam. Além disso, outros sequer leram o manual de instruções para a instalação dos componentes.
A boa notícia é que nem todos os veículos passarão por trocas, caso a inspeção determine que houve a correta instalação.
A Ford no Brasil
No Brasil a empresa vai bem, obrigado. Apesar de reduzir o emplacamento em 82% em 2022, a Ford conseguiu colocar em prática parte de seus objetivos. Retirou do mercado os modelos nacionais e passou a importar veículos com maior lucratividade.
Ano passado, foram apenas 20,5 mil unidades, uma queda de 44,8% em relação a 2021. Apesar disso, houve uma troca de volume de vendas por lucro, uma vez que houve um sensível aumento no tíquete médio.
Isso porque o portfólio mudou com a retirada dos mais populares como Ka, e EcoSport, que deram lugar aos SUVs Territory e Bronco, o esportivo Mustang, além das picapes Ranger e a nova F-150. Com o tíquete médio de R$ 200 mil, a marca está conseguindo operar no “azul”.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.