Carro de luxo apreendido vira viatura no Piauí
A Secretária de Segurança Pública do Piauí transformou um carro de luxo apreendido em viatura da Polícia Civil. Veja fotos.
A Secretária de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) transformou um carro de luxo apreendido em viatura da Polícia Civil, para ser usado pela Superintendência de Operações Integradas.
O veículo, um BMW 320i, havia sido apreendido durante uma operação policial de combate ao tráfico de drogas. A iniciativa de transformá-lo em viatura policial foi autorizada pela Justiça.
Entenda o caso do carro de luxo apreendido que virou viatura
De acordo com o superintendente de Operações Integradas da SSP-PI, o delegado Matheus Zanatta, a viatura de luxo será utilizada de forma esporádica em algumas operações.
“Esse veículo não é adequado para ser utilizado em perseguições policiais e em levantamentos. Na última quinta-feira ele foi usado durante a Operação Interditados, que teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e suspensão das atividades econômicas em lojas de revenda de aparelhos telefônicos em Teresina”, exemplifica Zanatta.
De acordo com o diretor de Inteligência da Polícia Civil, o delegado Anchieta Nery, o trabalho de investigação financeira relacionado a crimes graves ou violentos vem sendo realizado pela Polícia Civil do Estado do Piauí há muitos anos. “No caso do tráfico de drogas a lei já previa a autorização do uso de bens apreendidos pelas forças policiais”, afirma. “No ano de 2019, o Art. 133-A do Código de Processo Penal passou a autorizar o uso dos bens apreendidos para todo e qualquer crime.”
Anchieta Nery ressalta que a Polícia Civil do Piauí tem se fortalecido durante os últimos anos devido ao trabalho realizado durante as operações – quando bens de organizações criminosas são sequestrados e, posteriormente, utilizados de forma temporária no combate à criminalidade.
“Dessa forma, os bens apreendidos ficam à disposição das forças de segurança até serem leiloados pela Justiça e, no final do processo, o valor arrecadado é revertido para as vítimas, se houver, para o Estado, se a vítima for a sociedade, ou mesmo para o investigado caso ele seja absolvido”, explica o delegado.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.