Piratas atacam embarcação com 8 mi litros de combustível no Amazonas
Embarcação que transportava 8 milhões de litros de combustível no Amazonas foi atacada no rio Madeira por piratas fortemente armados.
Os piratas seguem agindo com violência e atacando embarcações na Região Norte do País. O empurrador fluvial Cuiabá 10, da empresa Nave Amazônia Navegação Ltda., foi atacado no rio Madeira, na madrugada da última segunda-feira (11), por piratas de rio fortemente armados. A embarcação estava transportando 8 milhões de litros de combustível para Porto Velho (RO).
De acordo com o comandante da embarcação – identificado como Ednelson pela reportagem do jornal A Crítica –, o ataque aconteceu por volta de 0h30 quando o empurrador navegava pelo Madeira nas proximidades da localidade Bom Intento, no município de Manicoré (AM).
Segurança reage e piratas fracassam na tentativa de roubo
O comandante relatou o que teria sido “uma hora de terror vivido pela tripulação”, que temia que o poder de fogo dos piratas fosse superior ao dos seguranças. A embarcação foi atacada pela parte de trás. A tripulação foi surpreendida com o tiro de advertência e nessa hora os seguranças reagiram.
A escuridão do rio impediu os tripulantes de identificar a quantidade de embarcações em que os piratas estavam. A segurança armada da embarcação reagiu e houve intensa troca de tiros entre as partes. O empurrador foi atingido por vários tiros, as vidraças foram quebradas e outras partes destruídas.
O objetivo dos piratas era parar a embarcação, para então render a tripulação e roubar a carga, da mesma forma que ocorreu em fevereiro último, também no rio Madeira, quando o empurrador Porto Alegre 10 foi atacado. Na época, a empresa não trabalhava com segurança armada e a tripulação foi rendida nas proximidades da sede de Manicoré.
Naquela ocasião, os piratas foram bem sucedidos na ação, ficando três dias no domínio da embarcação. E consumaram o roubo de 1,5 milhão de litros de combustível que também tinham Porto Velho como destino, causando um prejuízo de R$ 2,5 milhões.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), as empresas de navegação têm investido grande montante de recursos próprios para manter a regularidade no abastecimento de combustível no interior do Amazonas.
Entre as principais ações realizadas, estão a contratação de escoltas de segurança para acompanhar os comboios e o monitoramento, via satélite, das embarcações 24 horas por dia. Porém, as iniciativas ainda não são suficientes, uma vez que os piratas seguem agindo livremente em todo o Estado.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.