Aluguel de carros segue em alta, mesmo com combustíveis mais caros
Aluguel de carros: no 1º trimestre, frota de automóveis das locadoras cresceu 3%, mesmo com as dificuldades da alta dos combustíveis
As dificuldades por conta das elevações nos preços dos combustíveis não trouxeram impactos significativos na demanda do segmento de aluguel de carros. A avaliação da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), com base em suas mais recentes estatísticas.
No primeiro trimestre, as locadoras emplacaram mais de 80 mil veículos novos, e a frota total de automóveis do setor cresceu de 1.136.517 para 1.173.357 unidades – ligeiro crescimento de 3%. Saiba mais detalhes.
Locação de veículos teve alta de 12,3% no ano passado
“As empresas de aluguel de carros estão contornando adversidades que sequer são suas, como também é o caso da falta de peças e de chips para a produção de veículos novos”, afirma Paulo Miguel Junior, conselheiro gestor da associação.
Apesar dos entraves citados, a atividade deu um salto de 33,5% no faturamento em relação a 2020. “Foi o maior crescimento registrado nos últimos cinco anos”, acrescenta o presidente da Abla, Marco Aurélio Nazaré.
De acordo com a avaliação da associação das locadoras, os aumentos nos preços das passagens aéreas provocaram, “mesmo que por linhas tortas”, estímulos às viagens rodoviárias.
“Aqueles mais habituados a voar passaram a levar em consideração a opção de locar veículos, como bem mostrou o significativo aumento de 12,3% no número de usuários do nosso setor no ano passado”, lembra Nazaré.
“O que está aumentando é a conscientização de que pagar apenas para usar um carro é bem melhor do que gastar muito mais para comprar”, afirma. “Trata-se de uma mudança comportamental que até mesmo os preços nos postos de combustíveis não estão sendo capazes de inibir”, avalia o presidente da Abla.
Aluguel de carros tem maior crescimento na modalidade de carros por assinatura
As modalidades de locação responsáveis pelo crescimento são principalmente a do carro por assinatura e a do aluguel de frotas para empresas privadas, cuja demanda segue forte apesar das pressões provocadas pelos reajustes nos combustíveis.
No caso do aluguel para empresas, que representa 52% da demanda por carros das locadoras no País, isso ocorre “principalmente porque na hora de calcular e decidir entre manter uma frota própria ou migrar para uma alugada, o preço do combustível não altera o resultado final do produto”, completa Paulo Miguel Júnior.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.