VW T-Cross ou Nivus? Qual SUV da marca leva a melhor?
Construídos sobre a mesma plataforma, VW T-Cross e Nivus disputam o carinho do público. Qual SUV da marca leva a melhor?
Em 2012, a Volkswagen apresentou para o mundo a plataforma modular MQB. Muitos veículos foram concebidos por meio dela. Anos depois, ela apresentou sua segunda geração e suas variantes. Uma delas é a MQB A0, que é usada para a produção dos dois SUVs que chamam bastante a atenção de todos os brasileiros. Com os preços bastante parecidos, T-Cross e o Nivus buscam o seu espaço. Qual SUV da marca leva a melhor?
Pensando em um comparativo mais justo, iremos usar suas respectivas versões mais baratas. O T-Cross 200 MSI (a partir de R$ 104.190) e o Nivus Highline 200 TSI (R$ 111.820).
VW T-Cross ou Nivus? Qual SUV da marca leva a melhor?
Apesar de usarem praticamente a mesma plataforma, os dois não são tão parecido assim. Com um porte de SUV compacto “comum”, o T-Cross foi apresentado oficialmente durante o Salão do Automóvel de São Paulo em 2018, e chegou às lojas no ano seguinte. Já o Nivus possui um design mais descolado. Muito parecido com um SUV cupê, o carro chegou no ano passado.
Nas medidas, o T-Cross é mais alto (1.568 mm contra 1.493 mm) e mais largo (1.760 mm contra 1.757 mm), além de ter um entre-eixos maior (2.650 mm ante 2.560 mm), já que utiliza a plataforma do Virtus, enquanto o Nivus usa a do Polo. Entretanto, quando falamos de comprimento e espaço no porta-malas, o jogo muda. O Nivus mede 4.266 mm de comprimento (contra 4.199 mm) e tem um espaço no bagageiro melhor (415 litros contra 373).
Pensando no conjunto mecânico, os dois trazem debaixo do capô o propulsor 1.0 turbo 12v Flex, por exemplo – embora o T-Cross utilize o motor 1.4 TSI de 150 cv na versão Highline. Ele tem potência máxima de 128 cv com etanol (116 cv com gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 20,4 kgfm entre 2.000 e 3.500 giros. Porém, por conta do peso, o Nivus consegue obter números melhor de desempenho. De acordo com dados divulgados pela marca, o Nivus pode acelerar de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Sua velocidade máxima é de 189 km/h.
Enquanto isso, usando o câmbio automático de seis marchas, o aventureiro mais vendido da marca consegue atingir a velocidade máxima de 184 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos. Se você preferir economizar e escolher o modelo com transmissão manual, o T-Cross fica um pouco mais rápido que seu “rival’: aceleração de 0 a 100 em 9,6 segundos e velocidade máxima de 189 km/h.
Consumo
Os números de consumo são bastante animadores nos dois casos. Porém, o utilitário esportivo mais novo leva uma pequena vantagem. Segundo dados divulgados pelo Inmetro, ele pode ele faz na cidade 10,7 km/l usando gasolina e 7,7 km/l usando etanol. Já em trechos rodoviários, 13,2 km/l (com gasolina e 9,4 km/l (com etanol).
Mesmo assim, os números do T-Cross automático são muito bons. Ele faz 10,8 km/l (gasolina) ou 7,6 km/l (etanol) em trechos urbanos. Já no perímetro rodoviário, ele pode rodar 13,4 km/l (gasolina) ou 9,5 km/l (etanol).
As coisas podem melhorar se você optar pela caixa manual: 12,2 km/l (gasolina) e 8,5 km/l (etanol) na cidade; 14,5 km/l (gasolina) e 10,1 (etanol) na estrada.
Equipamentos
Do mesmo modo que acontece com o Polo e com o Virtus, os dois SUVs aqui já são bastante completos desde as versões de entrada. Isso deixa a disputa entre os dois cada vez mais parelha.
O T-Cross 200 TSI, por exemplo, já oferece bastante itens em seu pacote. Dentre todos eles, podemos destacar os quatro airbags, ar-condicionado, assistente para partida em aclives/subidas, banco do motorista com ajuste de altura, cintos de segurança de três pontos e regulagem de altura, computador de bordo com display multifuncional Plus, controle eletrônico de estabilidade, controle de tração, direção elétrica, espelhos retrovisores externos com função Tilt-down, luzes de condução diurna, faróis duplos com máscara escurecida, para-choques na cor do veículo, sensor crepuscular, sensores de estacionamento traseiros, sistema de alarme antifurto, sistema multimídia “VW Play” de 10,1 polegadas, vidros e travas elétricas e volante multifuncional.
A câmera de ré, por exemplo, é oferecida no “Pacote Interactive III” (R$ 1.170 adicionais) junto com os quatro alto falantes e o sensor de estacionamento dianteiro. Já o câmbio automático custa R$ 8.600 a mais.
Já em sua configuração top de linha, o Nivus oferece ar-condicionado com controle eletrônico, bancos de couro, banco do motorista com ajuste milimétrico de altura, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, seis airbags, assistente de partida em aclives, controle eletrônico de estabilidade, controle de tração, piloto automático, sensores de estacionamento traseiros, luz de condução diurna, sensor de chuva, detector de fadiga, alerta de frenagem de emergência e sistema de alarme Keyless, descança-braço central, entradas USB, sistema multimídia de 10 polegadas, acabamento Siberian, iluminação no porta-luvas (e porta-malas), câmbio revestido em couro, rodas de liga leve 17″, vidros e travas elétricas e volante multifuncional.
Conclusão
Assim sendo, os dois veículos montados sobre a plataforma MQB A0 possuem bons atributos e, mesmo com os preços cobrado pela montadora, podem ser boas opções na categoria dos SUVs compactos. Mesmo custando a mais, o Nivus Highline possui alguns atributos a mais, como o consumo e alguns itens de série. Porém, o T-Cross não fica muito atrás. Tirando o fato de o modelo vir de série com câmbio manual, ele ainda tem um espaço interno maior e é um pouco mais alto.
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.