VW suspende vendas do ID.3 de entrada por falta de chips

Não é só no Brasil que a crise dos semicondutores está afetando o mercado automotivo. Fabricantes instaladas na Europa, da América do Norte e na Ásia também sofrem com os efeitos causados pela escassez de componentes. Um das marcas mais afetadas, a Volkswagen terá que suspender as vendas da versão de entrada de um de seus modelos no Velho Continente. Trata-se do ID.3, que é um hatch com motor elétrico.

VW suspende vendas do ID.3 de entrada por falta de chips

A informação é do portal especializado em veículos elétricos e híbridos “InsideEVs”. De acordo com eles, a configuração Pure, que custa a partir de 32 mil euros (Alemanha), ficará um tempo sem ser vendido pela montadora. Sua fábrica fica na cidade de Dresden.

Questionada pela equipe de reportagem, a Volkswagen confirma a informação que o problema está no fornecimento da peça. Ela ainda diz que a baixa procura das versões mais em conta foi importante para tomar esta decisão. Novos pedidos só poderão ser feitos a partir de 2022. Mas quem já reservou a sua unidade não sofrerá tanto. Segundo a fabricante alemã, os exemplares deles serão produzidos.

Já em comentário à agência de notícias Reuters, a VW diz que novas mudanças não estão descartadas. Além disso, ela diz que “o fornecimento de chips no terceiro trimestre seja muito volátil e apertado”.  isso é um dos reflexos de uma crise global. Muitas marcas estão sendo afetadas fortemente pela crise dos semicondutores.

Este veículo faz parte da nova linha elétrica da Volkswagen. Ele revelado pela marca em 2019 e suas vendas começaram no ano passado. Seu porte médio faz lembrar tanto o Polo quanto o Golf. Ele mede 4.261 mm de comprimento, 1.809 mm de largura e 1.552 mm de altura.

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Sob o capô está o eficiente motor elétrico. Nesta versão em específico, ele pode gerar uma potência máxima de 150 cv. Já a bateria instalada no VW ID.3 Pure tem capacidade de 45 kWh. Ela faz com que o veículo se locomova por 330 km (Ciclo WLTP) sem recarregar a bateria,

O lado brasileiro

Por aqui a situação não é muito diferente. Mesmo com a volta das atividades na fábrica da Chevrolet (em Gravataí-RS) e da Fiat (Betim-MG), algumas marcas ainda sofrem com paralisações. Inclusive a própria Volkswagen. A fábrica localizada em Taubaté-SP, por exemplo, terá que suspender a produção do Gol e do Voyage mais uma vez.

De acordo com o site “Guia do Carro”,  ela dará férias coletivas para cerca de 2 mil funcionários. Um outro motivo desta suspensão é o lockdown decretado pelo governo da Malásia. O país é um dos grandes produtores de semicondutores e está sofrendo por conta do aumento de casos da Covid-19.

Esta paralisação começará no próximo dia 30. A previsão é que os colaboradores voltem ao trabalho depois de um período de dez dias. Até o fechamento desta matéria, Toyota e Renault também estavam com suas atividades paradas. A previsão é que elas voltem o normal no fim deste mês.

E querendo ou não, isso acaba refletindo nas produção e na venda de veículos novos. Os dados da Anfavea mostram que em julho, apenas 163.6 unidades foram produzidas em todo o País. O que representa uma queda de 2% ao mês anterior e 4,2% em relação ao mês de julho de 2020. Já o número de vendas de automóveis leves teve uma queda de 7,30% com relação ao mês de junho, de acordo com a Fenabrave.

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.