Volvo dá fim aos carros a combustão e anuncia o último modelo a diesel 

Volvo informa que vai parar de produzir carros à diesel. A empresa vai deixar de produzir carros a combustão e focar apenas nos elétricos.

Medida faz parte das ações da empresa para atingir o compromisso de parar de produzir e comercializar carros a combustão até 2030.  

Volvo Ex30, último lançamento elétrico da Volvo. Marca deixará de produzir carros à combustão – Foto: Divulgação

Volvo vai parar de produzir carros a combustão

A Volvo tem o compromisso de, até 2030, produzir e comercializar apenas carros elétricos e, até 2040, ser uma empresa 100% neutra para o clima. 

Para se aproximar desses objetivos, a empresa anunciou, durante a Semana do Clima de Nova York (entre os dias 17 e 24 de setembro), que irá produzir no início de 2024 seu último carro a diesel. 

Com esse anúncio, a Volvo se torna uma das primeiras empresas do setor automotivo a dar esse passo.

Dessa forma, comprova os objetivos da companhia de se tornar 100% elétrica não são apenas ambiciosos, mas estão em pleno desenvolvimento. 

O anúncio segue a decisão do ano passado de parar o desenvolvimento de novos motores à combustão.

 “Motores elétricos são o futuro, e são superiores a motores a combustão: eles geram menos barulho, menos vibração e menos custos de manutenção e zero emissões”, afirmou Jim Rowan, CEO da Volvo Cars.

 “Nós estamos 100% focados em criar um vasto portfólio de carros premium 100% elétricos que entregam tudo o que nossos consumidores esperam de um Volvo. Também são uma parte importante da nossa resposta à mudança climática”. 

Ações são necessárias e urgentes

A Volvo optou por mergulhar de cabeça na estratégia da eletrificação. A princípio, a ideia é se tornar parte da solução de um problema causado pela própria indústria automotiva, onde ela se inclui. 

O último relatório do Clima Global, divulgado pela Organização das Nações Unidas, ressaltou a emergência climática que a humanidade enfrenta, assim como a necessidade de ações urgentes. 

 “O que o mundo precisa agora, nesse momento crítico para a humanidade e para o nosso planeta, é de liderança”, disse Jim Rowan. 

“Já passou da hora dos líderes da política e da indústria de serem fortes e decisivos, e entregarem políticas e ações relevantes para combater a mudança climática. Estamos comprometidos em fazer nossa parte e encorajar nossos colegas de setor e líderes políticos ao redor do mundo a fazer a parte deles”

Para tentar convencer mais empresas a entrar nessa luta, o diretor de sustentabilidade global da Volvo, Anders Kärrberg, fez parte de um evento organizado pela Accelerating to Zero (A2Z) na Semana do Clima de Nova York.

Lançada durante a COP27, a A2Z reúne os principais signatários da Declaração de Glasgow para veículos de emissão zero, da qual a Volvo faz parte. 

Embora os objetivos da eletrificação da companhia sejam mais ambiciosos do que isso, a intenção de participar do evento é inspirar outras companhias a serem mais audaciosas para tomar ações contra a mudança climática

Um cenário em transformação

A decisão da Volvo de parar completamente de produzir carros a diesel no início de 2024 demonstra quão rápido a indústria e os consumidores estão mudando devido à crise climática. 

Apenas há quatro anos, o motor a diesel era o produto mais popular da empresa na Europa.

A grande maioria dos carros vendidos no continente em 2019 eram movidos a diesel, uma vez que os modelos elétricos estavam apenas começando a se inserir no mercado.

A tendência se inverteu rapidamente desde então, movida por uma demanda de mercado. Além disso, os países passaram a formular leis de emissão de carbono mais rigorosas e o foco da companhia em eletrificação. 

Volvo XC40 também disponível no Brasil com motorização 100% elétrica – Foto: Divulgação

A maioria das vendas na Europa, agora, consistem de carros eletrificados, independente de serem híbridos ou 100% elétricos.

Menos carros a diesel nas ruas tem também um efeito positivo na qualidade do ar das cidades. Enquanto isso, os motores a diesel emitem menos CO2 que os motores a gasolina.

Eles emitem mais gases como óxidos de nitrogênio (NOx) que tem um efeito adverso na qualidade do ar, sobretudo em áreas urbanizadas.

Veja também: BYD fez o que nenhuma montadora conseguiu no segmento de carros elétricos

Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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