Volta rápida: VW Golf GTE é um híbrido com pegada esportiva

O VW Golf GTE foi apresentado para o mercado brasileiro na última semana. Em um evento na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP)...

O VW Golf GTE foi apresentado para o mercado brasileiro na última semana. Em um evento na fábrica da rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), a empresa confirmou que o veículo será lançado no Brasil até o fim de 2019, sendo o primeiro híbrido da montadora no País. Além de conhecer de perto o modelo, a equipe do Garagem360 também pôde acelerar a novidade e conhecer todos os seus modos de condução.

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VW Golf GTE: como anda

Este primeiro contato com o modelo foi rápido, mas suficiente para entender como funciona. Ele é equipado com dois propulsores. Um elétrico de 102 cv, que fica dentro da transmissão, além do 1,4l TSI de 150 cv a gasolina. Juntos, eles desenvolvem 204 cv de potência combinada — que não é a soma dos valores máximos. O câmbio é um automatizado DSG de seis marchas e três embreagens, sendo duas para o propulsor a combustão e uma para o elétrico.

Embora seja híbrido, a proposta do Golf GTE é ser um carro esportivo. Tanto que há um modo em que ele usa toda a potência de seu conjunto mecânico para obter o máximo de desempenho. Com a tecla GTE acionada, ele faz de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e alcança a velocidade máxima de 222 km/h. Nada mal para um carro que tem como proposta ser um modelo mais ecológico.

O passeio a bordo do veículo começou com o modo mais limpo. Empurrado apenas pelo motor elétrico de 102 cv, o hatch anda com desenvoltura e sem ruído algum. Há apenas o som dos pneus no asfalto. Como o limite de velocidade dentro da fábrica da Volkswagen é de 40 km/h, esse contato inicial serviu para entender como funciona o modo elétrico. Entretanto, o Golf GTE alcança até 130 km/h utilizando apenas a eletricidade.

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Há três formas de recarregar a bateria: utilizando o motor a combustão, a energia das frenagens ou ligando o modelo a uma tomada de 220 V. Nesse último caso, é necessário que a fiação seja aterrada e o plug precisa ser o de 20 A. Com essa tensão, a bateria toda é carregada em 2h45. É possível também utilizar uma tomada de 110 V, mas o tempo de carregamento é dobrado.

Para utilizar a energia da frenagem, basta mover a alavanca do câmbio para o modo B. Feito isso, basta tirar o pé do acelerador que o carro faça a recarga com o freio-motor, que é intensificado nesse modo. A frenagem do sistema é forte ao ponto e acionar a luz de freio, mesmo sem encostrar no pedal.

Híbrido

Ao sair da fábrica, o modo híbrido foi acionado. E aqui não há segredo: é o carro quem determina qual motor será utilizado. Caso note que é preciso mais potência, ele aciona automaticamente o propulsor turbo a gasolina de 1,4l e 150 cv, retornando para o elétrico quando entende que não é mais necessário todo o desempenho. A principal diferença é que o ronco do motor passa a ser notado mesmo com o isolamento acústico do carro. As vibrações típicas dos motores a combustão também são percebidas.

Esportivo

O modo mais surpreendente é o GTE. Ao acionar o botão, o carro se transforma. Uma pisada funda no acelerador é suficiente para o Golf demonstrar toda a sua vocação esportiva. Foram poucos metros com a configuração mais radical, mas foi o suficiente para sentir a potência combinada de 204 cv dos dois motores. Até mesmo o ronco do propulsor fica mais evidente e o acelerador fica mais arisco.

Seu desempenho faz com que ele honre a sigla GT da Volkswagen, que sempre identificou os esportivos da marca. A parte mais empolgante deste Golf é que ele consegue arrancar sorrisos ao volante, mas também é mais ecologicamente correto que um modelo a combustão.

O preço do GTE no Brasil ainda não está definido, mas a tendência é que ele seja maior que o do GTI (R$ 151.530), por ser importado. Ele será um modelo de nicho, porém mostra que um híbrido não precisa ser necessariamente um carro racional, podendo também alegrar o coração dos entusiastas.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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