A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) divulgou o resultado das vendas de carros usados e seminovos em 2022. O acumulado de vendas no ano alcançou a marca de 13.297.958 unidades, 12% abaixo do registrado em 2021 (15.106.724).
2022 fecha com queda nas vendas de carros usados e seminovos
Segundo a Fenauto, o mês de dezembro de 2022 teve uma boa reação nas vendas de carros usados e seminovos, com um aumento de 19,2% em relação a novembro (1.316.246 contra 1.103.819). Também sobre o mês de dezembro de 2021, o resultado ficou 9,5% maior.
Com essa performance na reta final do ano, 2022 teve um fechamento dentro das expectativas divulgadas anteriormente pela entidade. O presidente da Fenauto, Enilson Sales, disse estar satisfeito com o desempenho do setor:
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“Nossa previsão era a de que o ano terminasse com um total entre 13 e 13,5 milhões de unidades comercializadas, o que se confirmou. Apesar do total ser um pouco menor do que o realizado em 2021, consideramos o resultado bom por conta das incertezas e instabilidades que a economia sofreu com a guerra na Ucrânia, o aumento dos juros, uma maior restrição ao crédito e ao cenário político nas eleições presidenciais.”
O representante dos revendedores de veículos diz que as expectativas do setor para este ano são positivas. “Agora, com as primeiras ações do novo governo, esperamos que a economia volte a se equilibrar e, com isso, o mercado de veículos seminovos e usados continue a apresentar bons resultados”, afirma Sales.
Cresce a participação dos veículos mais antigos
A Fenauto aponta que, em 2022, cresceu a participação dos veículos usados com mais de 13 anos de uso. Esses veículos mais velhos ficaram com uma fatia de 33,3% do mix de vendas no ano – em 2021, a participação foi de 30,4% no total de unidades negociadas.
O mesmo movimento positivo foi notado na outra ponta. Os seminovos (veículos com zero a três anos de uso) fecharam o ano com participação de 16% – haviam sido 15,2%, em 2021.
Perderam espaço no mercado os usados “jovens” (de quatro a oito anos de uso), que caíram de 29,9% para 26,5%, e os usados “maduros” (de nove a 12 anos de uso), que variaram de 24,5% para 24,2% neste ano.
