Venda de veículos tem alta em março, mas recua em relação a 2021 

Venda de veículos tem alta de 23,2% em março, mas recua em relação a 2021. A Fenabrave explica este cenário. Veja !  

De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados nesta terça-feira (5), os emplacamentos de veículos no mês de março cresceram 23,2% em relação a fevereiro. Já no acumulado do primeiro trimestre de 2022, foi registrada queda de 7,6% na venda de veículos sobre o mesmo período do ano passado.

(Foto: Pixabay)

Fenabrave fala sobre a queda na venda de veículos em relação a 2021

O resultado do último mês, quando comparado a março de 2021, representa uma evolução menor, de 1,4%. O crescimento mensal, segundo a Fenabrave, foi impulsionado pelos segmentos de motocicletas e de veículos pesados.

Para José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, o desempenho no trimestre é reflexo de um conjunto de fatores, nacionais e globais.

“A variante Ômicron afetou a produção de diversos componentes industriais e a venda de veículos, no início do ano. Em seguida, houve o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deixou muitos consumidores preocupados, especialmente, com os preços dos combustíveis”, afirma.

(Foto: Pixabay)

Venda de veículos: Redução de IPI e lançamento do Programa Renovar

As boas notícias recentes ficaram por conta da Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da criação do Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País (Renovar), estabelecido pela Medida Provisória nº 1.112, de 31 de março. 

“A desoneração do IPI era necessária e foi muito bem-vinda ao setor automotivo”, analisa Andreta. “Já o Renovar é um programa que levará mais segurança às vias brasileiras, pois tem como meta tirar de circulação veículos em fim de vida útil, ou seja, aqueles com mais de 30 anos que, hoje, representam 26% da frota total de caminhões no Brasil”, explica.

(Foto: Pixabay)

Projeções para 2022 estão mantidas

A Fenabrave decidiu não revisar, no momento, as projeções para o setor automotivo, mantendo, dessa forma, uma expectativa de crescimento de 5,2% para 2022.

“Os efeitos da pandemia no primeiro bimestre deste ano, somado aos impactos do conflito no Leste Europeu, nos leva a um cenário ainda incerto, o que nos impede de realizar revisões mais precisas, neste momento”, afirma o presidente da instituição.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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