Veja em que resíduos de pneus podem se tornar
O que acontece com o resíduos de pneus? Leia o post e veja o que as principais fabricantes fazem com o que sobra.
A vida útil do pneu é de 5 a 10 anos dependendo do fabricante. Quando estão velhos devem retornar às fábricas conforme resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente de 1999. A notícia é que grande parte dos resíduos de pneus são reutilizados na fabricação de outros pneus, produtos de uso comum ou na indústria.
O que acontece com os resíduos de pneus?
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos – ANIP, em 2022, os fabricantes nacionais de pneus destinaram de forma ambientalmente correta 441 mil toneladas de pneus inservíveis.
A recauchutagem é um dos principais destinos. E o Brasil é expert nisso, ocupando o segundo lugar na lista de países que mais utilizam a prática no mundo.
O que evidentemente é a melhor forma de renovar a vida útil do produto, chegando a economizar 80% de energia e matéria-prima para a produção de um novo.
Já os pneus velhos, que não podem ser reformados, retornam às fábricas de origem. Lá, são retirados o aço daqueles que não podem ser recauchutados e o restante é triturado para as empresas que os utilizam na fabricação de outros produtos.
Isso se deve a iniciativas como a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, que orienta os fabricantes a dar uma destinação sustentável, e ao Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela ANIP.
Dunlop atinge Aterro Zero
A fábrica, localizada na Fazenda Rio Grande no estado do Paraná, destinou mais de 1.000 toneladas de resíduos para diversos processos de reutilização durante o primeiro trimestre deste ano.
Os resíduos gerados são reutilizados para fabricação de outros produtos de borracha e reciclados aumentando o ciclo de vida dos materiais.
Em 2022, a fabricante de pneus atingiu a meta de Aterro Zero, ou seja, 100% dos resíduos gerados são reutilizados, reciclados e tratados.
Esta importante conquista segue a robusta estratégia de desenvolvimento sustentável em alinhamento com as diretrizes globais do grupo Sumitomo Rubber no mundo.
A empresa enfatiza que a maior geração de resíduos são os de borracha, pois está ligado diretamente ao processo produtivo de pneus e representa 60% de todo o resíduo produzido na fábrica.
O coprocessamento é a alternativa com maior relevância para o destino final dos resíduos de borracha, entretanto há novas rotas de reutilização desses resíduos em outros produtos compostos por borracha, como peças, tapetes e lonas. O desafio é retornar todo o resíduo de borracha em outras aplicações e aumentar a circularidade do material.
Até mesmo o carbono, que é uma das principais matérias primas para produção do pneu, também é reutilizado por uma empresa terceirizada no processo de produção de tintas.
Além da reutilização dos resíduos sólidos, a empresa também trata os efluentes produzidos, inclusive o efluente doméstico. A fábrica conta com uma Estação de Tratamento de Esgoto em que todo o efluente é tratado e parte é reutilizada na própria fábrica.
A empresa também está investindo em novos equipamentos que estão em testes para aumentar ainda mais a eficiência deste sistema e garantir maior reuso de água.
A empresa cita que o maior desafio era reutilizar o resíduo dos sanitários, como papel usado. Atualmente, este resíduo é enviado para compostagem método de reciclagem de resíduos orgânicos, e são reaproveitados para fertilizar o solo.
“Desde o início das operações da fábrica, buscamos as melhores práticas para destinação de resíduos e estamos empenhados em gerar valor na economia, e aumentar a vida útil desses materiais.” Afirma Rafael Janiski, Gerente de GA (General Affairs) e HSE (Health, Safety & Environment) da Sumitomo Rubber do Brasil.
Ele completa explicando que “Além de promover ações responsáveis em todas as etapas de produção, fazemos parte da Reciclanip que é uma entidade responsável pela destinação de pneus pós-consumo, e desde sua criação mais de 5.9M de toneladas de pneus receberam um destino ambientalmente correto”.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.