Veja a evolução dos rádios automotivos ao longo dos anos

Inventado em 1896 pelo italiano Gugliermo Marconi, o rádio se tornou a companhia ideal também de muitos os motoristas. Parado no trânsito das grandes cidades ou durante uma viagem, ele sempre está lá para nos informar e divertir. Claro, devemos tomar cuidado para usá-lo sem nos distrair. Do primeiro aparelho analógico aos mais modernos sistemas, a história dos rádios automotivos mostra o quanto a tecnologia evoluiu.

Evolução dos rádios automotivos

Mas nem sempre os carros ofereciam tal sistema de entretenimento. Os primeiros aparelhos feitos para serem usados em automóveis apareceram no começo do século passado. Mais precisamente no início dos anos 1920. Nos Estados Unidos, eles eram feitos por aficionados, que usavam como base a tecnologia contemporânea de válvula de rádio.

Os veículos de comunicação da época diziam que os aparelhos eram a “moda do momento”. Um artigo datado de 13 de agosto de 1922 no jornal Berliner Illustrierte Zeitung trouxe algumas ilustrações mostrando como o sistema funcionava na época.

rádios automotivos
Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

Posteriormente, no começo da década de 1930, várias marcas foram apresentando modelos de rádios automotivos. O norte-americano Paul Galvin, por exemplo, lançou um aparelho conhecido como Motorola 5T71. Na época, ele custava US$ 110. Dois anos depois, foi a vez da marca Bosch. Seu aparelho pesava 15 quilos. Porém, assim como o produto inventado por Galvin, era muito caro para os padrões da época. Além disso, eles eram um equipamento opcional de luxo.

rádios automotivos
(Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

A principal vantagem dos modelos da marca alemã era que ele era mais compacto. Nos outros modelos, a unidade de controle eram instaladas no painel de instrumentos. Enquanto isso, o componente receptor e o amplificador eram instalados em outra parte – por exemplo: no porta-malas.

Por outro lado, no modelo da Bosh, o serviço era mais simplificado, visto que era só colocar o aparelho abaixo do painel. Nos anos seguintes, alguns veículos já vinham com um dial que mostrava as frequências.

Rádio FM e mídia física

Nos anos 1950, boa parte dos carros (principalmente os de luxo) já ofereciam rádio como opcional. Entretanto, um grande lançamento marcou para sempre o mercado radiofônico.

O lançamento das rádios de frequência modulada (FM) representou um grande salto na experiência de se ouvir sua música favorita, visto que a qualidade era superior ao sistema de amplitude modulada (AM). Um dos modelos de rádios automotivos mais famosos foi o Blaupunkt Autosuper, lançado em 1952. A partir daí, foram surgindo modelos que além de sintonizar as estações de rádio FM locais, podiam reproduzir mídias físicas.

Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

O Highway Hi-Fi. por exemplo, era um rádio automotivo que o dono poderia usar discos de vinil. Porém, era muito caro. Os anos foram passando e foram aparecendo modelos mais baratos. Sem falar daqueles que usavam fita cassete e cartucho.

CDs e MP3

No ano de 1982, uma parceria entre a Phllips e a Sony foi vital para a criação dos tão conhecidos CDs. Mais compactos que um disco de vinil, eles poderiam ser carregados com mais facilidade e viraram febre logo de cara. E não demorou muito para eles chegarem aos carros.

d Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

Porém, com a evolução da internet, eles perderam o espaço para os MP3. Tudo isso por conta da facilidade que as pessoas tinham para baixar suas músicas favoritas e colocá-las em um pen drive ou cartão de memória. As fábricas tiveram que se adaptar a tecnologia e oferecer um MP3 Player.

Centrais multimídias

Por fim, chegamos ao sistema que está se tornando comum. Hoje, as centrais multimídias se tornaram quase que algo comum nos veículos.

Os nomes são muitos: Chevrolet Mylink; Fiat UCONNECT; Citroën Connect Radio; MBUX e entre outros. Pensando exclusivamente no entretenimento, elas aceitam vários tipos de mídias ao mesmo tempo. Além das tradicionais , a grande novidade é o streaming.

Central multimídia MBUX (Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

Porém, não é só musica que as centrais multimídias transmitem. Como os veículos possuem diversas tecnologias de informação, as telas localizadas no centro do painel podem ser úteis na hora de conduzir o veículo. O navegador GPS já virou clássico. Sem falar das imagens transmitidas pelas câmeras de ré.

Pedro Giordan
Pedro GiordanJornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.
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