Transmissões automáticas com mais de 5 marchas podem economizar combustível

Câmbios com elevado número de velocidades mantém as rotações mais baixas e ainda proporcionam uma condução suavizada

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Land Rover Evoque tem câmbio automático de nove velocidades | Foto: Divulgação

Apesar dos câmbios automáticos com mais de cinco velocidades não serem novidade, é fato que as montadoras estão investindo pesado neste tipo de tecnologia. Tanto que, no ano passado, o SUV Evoque, sucesso da Land Rover, recebeu uma transmissão de nove marchas, tornando-se o primeiro veículo do mundo com tantas velocidades.

Até a década de 1990, os automóveis automáticos saiam de fábrica com transmissão de apenas três velocidades. A inserção de mais marchas começou a partir da década passada, com dois objetivos: possibilitar uma condução suavizada e, especialmente, garantir economia de combustível.

Atualmente, com o câmbio “mais recheado”, o propulsor pode trabalhar por mais tempo em condição de rotação baixa. Além disso, há menos ruído e o consumo de combustível é menor já que a peça não precisa forçar tanto o motor para subir ou reduzir a marcha.

Só para se ter uma ideia, a caixa de câmbio 9HP, da alemã ZF, utilizada no Evoque, por manter rotações mais baixas, promete diminuir o consumo em mais de 16% em relação o que conseguiria um veículo com seis marchas. Considerando a mesma velocidade, enquanto o câmbio de seis deixa o motor trabalhando a 2.600 rpm, o de nove baixa para 1.900 rpm.

“Com este tipo de transmissão, realmente existe ganho de desempenho e economia de combustível”, afirma Leandro Perestrelo, engenheiro mecânico e membro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil). E como explica o profissional, quando existem diferenças muito grandes entre uma marcha e outra, há perda de força no momento em que o carro precisa trocá-las.

Para entender melhor, ele compara o motor do veículo com uma escada: “Imagine duas escadas da mesma altura. A primeira tem apenas cinco degraus e a segunda tem nove. Será preciso muito mais esforço para subir a que tem menos degraus, pois eles são mais altos. Com o carro é igual”.

Desvantagem

Por serem mais modernas e deixarem o carro mais confortável para se conduzir, as transmissões com mais velocidades, obviamente, são mais caras e, dependendo da tecnologia utilizada, mais pesadas. “Os veículos com mais de sete marchas exigem motores potentes”, indica Perestrelo. Assim, os automóveis que recebem o equipamento obrigatoriamente serão voltados para um público com mais poder aquisitivo.

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Rodrigo Loureiro
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Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.

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