Em assembleia na manhã da quarta-feira (12), os cerca de 200 metalúrgicos ainda em atividade na fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais-PR – que tem a maioria do efetivo atualmente em férias coletiva – reivindicaram mais qualidade no transporte dos trabalhadores.
Entenda as reivindicações dos trabalhadores da VW
Os metalúrgicos reclamaram também dos baixos salários pagos por empresas terceirizadas que atuam como fornecedoras da VW.
Segundo reclamações feitas ao Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), os ônibus estão atrasando constantemente, com algumas linhas iniciando a rota de madrugada, às 3h30, estendendo o tempo de trajeto até a montadora de forma desnecessária.
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De acordo com relatos de trabalhadores ao SMC, o ultimo ônibus chegou às 6h20 na quarta-feira (horário em que iniciou a assembleia), sendo que o expediente na fábrica tem início às 6h. O horário correto de chegada seria às 5h40, para dar tempo aos trabalhadores de tomar o café da manhã antes do início do trabalho na linha de produção.
Segundo o sindicato, a situação já foi detalhada à direção da montadora por seus diretores na mesa de negociação. Uma das reivindicações é de que nenhuma linha inicie antes das 4h da madrugada.
Além do transporte, a assembleia também debateu sobre os salários pagos pelas empresas terceirizadas. A reclamação é de que o valor máximo pago pelas fornecedoras da VW corresponde ao salário mínimo regional para empregados na produção de bens e serviços industriais (R$ 1.859,19), muito abaixo do que é pago aos trabalhadores contratados diretamente pela montadora.
Férias coletivas tiveram início nesta semana
Desde o início desta semana, a produção dos dois turnos em São José dos Pinhais ficará interrompida por um período de 23 dias – entre a segunda-feira (10) de abril até o dia 2 de maio. As férias coletivas envolvem cerca de 1,9 mil colaboradores, majoritariamente da área de produção, dos quase 2,2 mil que trabalham na fábrica.
São José dos Pinhais abriga a produção do VW T-Cross, o segundo veículo da marca alemã mais vendido em 2022, com 65.341 unidades emplacadas – aéreas apenas do VW Gol, que saiu de linha neste ano.
Segundo a marca alemã, o problema na unidade está na falta de componentes, principalmente os semicondutores (microchips), que cria uma lacuna na linha de montagem.
