Trabalhadores da GM que se demitirem poderão ganhar um Onix 0 km

Confira aqui tudo sobre o programa de demissão voluntária da GM que foi acordado após as greves de outubro.

Após as greves e manifestações intensas, um programa de demissão voluntária da GM foi acordado entre sindicato e empresa. Assim, os trabalhadores poderão contar com algumas compensações frente à demissão que virá. Os detalhes vamos conferir agora – tem até carro na parada!

 

Acordo foi firmado na última sexta, à vésperas da virada do mês (Imagem: Roosevelt Cássio/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região)

Programa de demissão voluntária da GM é solução acordada entre trabalhadores e empresa após greve

Nesta sexta-feira (01/12), metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia, um Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Este veio em resultado de negociações entre a empresa e o Sindicato, surgindo como alternativa às demissões ocorridas em outubro. Estas foram canceladas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e Tribunal Superior do Trabalho (TST) devido à forte reação, que incluiu movimentos e greve.

O programa está aberto a todos os funcionários operando regularmente na fábrica ou em licença remunerada. A meta da montadora é alcançar a adesão de 830 trabalhadores ao PDV. 

Detalhes da proposta

  • A proposta aprovada contempla benefícios diferenciados para trabalhadores com diversos anos de experiência na fábrica.

  • Primeiramente, para aqueles com 1 a 6 anos de fábrica, estão previstos seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil.

  • Já os trabalhadores com 7 anos ou mais de fábrica terão direito a cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil, além de plano médico por seis meses ou R$ 12 mil.

  • O período de adesão ao PDV será de 5 a 12 de dezembro, e cada adesão na fábrica será coberta pelo retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada.

E quem não aderir à PDV?

  • Aqueles que optarem por não aderir ao PDV terão estabilidade no emprego até 31 de maio de 2024.

  • Por fim, para compensar os dias parados durante a greve a proposta prevê a compensação de 50% até 30 de junho de 2024, conforme a necessidade de produção.

Veja também:GM investirá mais US$ 9 bilhões em acordos trabalhistas para dar fim na greve nos EUA

Entenda o caso das demissões da GM

  • A fábrica de São José dos Campos conta com aproximadamente 4 mil trabalhadores. Em outubro, a GM demitiu 839 funcionários de São José dos Campos, 300 de São Caetano e 105 de Mogi das Cruzes, desrespeitando o acordo de layoff que garantia estabilidade para todos na fábrica.

 

Renato Almeida, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Imagem: Roosevelt Cássio/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região)
  • Esses cortes levaram a uma greve unificada de 17 dias entre os metalúrgicos das três fábricas. Ela foi suspensa apenas após o cancelamento das demissões e o pagamento dos dias parados.

  • O Sindicato dos Metalúrgicos, embora contra qualquer fechamento de postos de trabalho, considera o PDV uma alternativa às demissões arbitrárias feitas pela GM. Além disso, permanecerá atento a possíveis novos cortes e irregularidades, segundo seu secretário-geral, Renato Almeida.

Esse programa de demissão voluntária da GM é uma solução paliativa, mas importante dada os desligamentos que parecem ser inevitáveis. Seja como for, é uma maneira de dar ao trabalhador formas de se manter enquanto busca recolocação. Que todos os acordos sejam cumpridos e as pessoas recebam o que lhes é digno e de direito.

Escrito por

Adson Leonardo

Olá, sou Adson Leonardo, graduando em Letras - PT pela UNIMONTES, escritor, poeta, e trabalho com redação para WEB desde 2018. Nestes anos já escrevi sobre os mais diversos temas, com um carinho especial no campo das ciências, escrita criativa e jogos. No mundo dos carros e automobilismo me interesso especialmente pelas inovações e tecnologias que permeiam este setor sempre em movimento.

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