Toyota confirma o início de testes com tecnologia híbrida plug-in flex

A Toyota do Brasil confirmou que iniciou testes internos no País utilizando etanol em conjunto com a tecnologia híbrida plug-in.

A Toyota do Brasil confirmou que iniciou testes internos no País utilizando etanol em conjunto com a tecnologia híbrida plug-in. Segundo a montadora japonesa, neste primeiro estágio, os estudos se mostram promissores.

Veja como a tecnologia híbrida plug-in flex irá influenciar a atuação da Toyota no Brasil

Testes colocam Toyota à frente na tecnologia híbrida plug-in flex (Foto: DIvulgação/Toyota)

A iniciativa representa mais um esforço tecnológico da Toyota rumo à neutralidade de carbono.

A montadora ressalta que os testes estão alinhados com os planos de investimento em avaliação para o próximo ciclo e a uma possível futura produção nacional de veículos PHEV-FFV (híbridos plug-in flex fuel).

O modelo utilizado nesses testes internos é um híbrido plug-in (PHEV), e está sendo estudado no laboratório da Toyota do Brasil.

Sua base é um sistema “híbrido full”, similar ao utilizado no sedã Toyota Corolla e no SUV Toyota Corolla Cross.

O carro possui uma bateria de alta capacidade e um motor elétrico de maior potência, gerando uma eficiência energética em torno de 70% maior quando comparado a modelos movidos somente a combustão – visto que tem energia suficiente para se mover exclusivamente no modo elétrico por longas distâncias.

“Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil. 

Segundo o executivo, a indústria vem olhando cada vez com mais atenção aos benefícios do uso do etanol, “o que é muito positivo, ainda mais quando combinado com a eletrificação – que é o caso dos veículos híbridos da Toyota”.

Globalmente, a montadora japonesa acredita que a melhor tecnologia em eletrificação é aquela que se encaixe perfeitamente na infraestrutura existente em seus diversos mercados de atuação. 

E defende que a inclusão de outras tecnologias também contribui com o processo de eletrificação de seu portfólio no Brasil e na região latino-americana.

No mercado brasileiro, o etanol é parte fundamental da estratégia para que a eletrificação avance, com ganhos reais em baixas emissões de CO2 – considerando que a infraestrutura já existe e não haveria impacto nos hábitos de uso dos consumidores.

Pioneirismo com o Prius e evolução com o Corolla

Toyota Corolla Cross Hybrid (Foto: Divulgação/Toyota)

Recentemente, a Toyota celebrou dez anos da introdução de seu primeiro veículo híbrido no mercado brasileiro.

O Toyota Prius, lançado em 2013, colaborou para a popularização de uma tecnologia até então desconhecida no País.

A fabricante também foi a primeira a lançar, em 2019, o sistema que combina três motores, dois elétricos e um a combustão com tecnologia flex apresentado oficialmente no Corolla sedã e que também equipa o SUV Corolla Cross, lançado em 2021.

Além disso, os modelos híbridos flex da Toyota são todos “híbridos full”, ou seja, veículos que melhoram a eficiência em até 40%, pois são capazes de mover o veículo somente com energia elétrica.  Enquanto isso, um veículo híbrido leve (ou mild-hybrid) melhora a eficiência em cerca de 5%, pois não chega a ter força para mover o veículo.

Neste ano, a Toyota também anunciou participação no projeto de pesquisa e desenvolvimento para avaliar a utilização de hidrogênio de baixo carbono em carros de passageiros junto com Shell, Raízen, Hytron, Senai e USP.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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