Teste expresso: dirigindo um Porsche Cayenne S E-Hybrid e um Volvo XC90 T8 no modo elétrico
O processo de ligar um carro é semelhante em todos os veículos. Acomode-se, ajuste o banco e os retrovisores, coloque a chave no contato, gire – ou aperte o botão, no caso desse sistema cada vez mais popular – e escute o ronco saindo pelo escapamento e invadindo a cabine. Dar a partida em um Porsche Cayenne S E-Hybrid pela primeira vez produz a sensação de que algo está errado. O silêncio do motor elétrico é tanto que era possível ouvir meus pensamentos. “Será que está quebrado?”
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Questiono o assessor de imprensa que me acompanha e ele diz que está tudo certo, autorizando nosso passeio. Minha primeira sensação a bordo de um Porsche foi a mais estranha de todas, por não ouvir absolutamente nada vindo sob o imenso capô do SUV. Neste modo, ele é capaz de rodar cerca de 30 km com velocidade máxima de 125 km/h.
De fato, andar com um carro gigantesco como o Cayenne e saber que somente o motor elétrico do híbrido está puxando as mais de duas toneladas do modelo é impressionante. Como o traçado era curto, não foi possível andar forte com o utilitário, mas o rodar silencioso e macio agradou.
Se os 95 cv do propulsor elétrico não forem suficientes, há mais 333 cv no V6 supercharger de 3,0 l. Basta pisar mais firme no acelerador para que ele seja ativado – na pista do 13º Salão do Veículo Híbrido-Elétrico não havia espaço suficiente para que ele fosse ligado. Quando é necessário, entretanto, os dois motores atuam juntos e devolvem mais potência.
Volvo high tec
Após duas voltas no Porsche, decidi andar no Volvo XC90 T8. Logo no primeiro olhar, o visual do modelo sueco conquista. As linhas limpas e elegantes, além dos detalhes em LED no farol dianteiro e nas lanternas traseiras, dão ao SUV um design sóbrio, porém moderno. Na cabine, há muito luxo, couro e uma tela que mais parece um tablet do que uma central multimídia.
Ligo o carro e já não estranho tanto o silêncio a bordo. Logo na primeira acelerada, é possível notar o quanto o carro é macio de dirigir. Não é preciso fazer força para acelerar, frear, virar ou ligar a seta. No lugar da alavanca de câmbio, um pequeno seletor feito de cristal seleciona as marchas.
Foram poucos metros, mas tanto o SUV nórdico, quanto o alemão, provaram que carros híbridos podem ser divertidos. Se eu ganhasse na loteria, talvez olhasse com carinho para a dupla de utilitários que custam cerca de R$ 400 mil.
Confira na galeria especial do Garagem360 os destaques do 13º Salão do Veículo Híbrido-Elétrico.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.