Testamos: Volkswagen Virtus anda bem e tem espaço de sedã médio por R$ 60 mil

Uma das maiores apostas da marca alemã para 2018, o Volkswagen Virtus foi testado pela equipe do Garagem360 durante uma semana.

Uma das maiores apostas da marca alemã para 2018, o Volkswagen Virtus foi testado pela equipe do Garagem360 durante uma semana. A versão do modelo foi a MSI de entrada, que é equipada com o motor 1,6l de 117 cv. Seu preço inicial é de R$ 60 mil, mas o exemplar avaliado estava com rodas de liga leve, pintura metálica e central multimídia Composition Touch. Com esses equipamentos, o valor sobre para R$ 64.390 mil.

A frase pequeno por fora e grande por dentro só não pode ser aplicada ao novo sedã por conta de seu tamanho externo. O mais correto é que ele é avantajado nos dois quesitos, mesmo se tratando de um três volumes compacto. Suas dimensões são equivalentes a do trio Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Vectra no início da década passada. Isso mostra o quanto os carros cresceram nos últimos anos, em todos os segmentos.

Espaço para todos

No caso do Virtus, esse crescimento se tornou uma de suas principais credenciais. Quatro adultos viajaram com conforto e sem aperto. Há muito espaço para os ombros e pernas. Uma pessoa mais alta só terá problemas com a cabeça, já que o teto é baixo na traseira por conta da curvatura. O porta-malas também é um destaque positivo.

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Volkswagen Virtus MSI 1,6l

Motorização: 1,6l MSI 16 válvulas 117 cv/110 cv a 5.750 RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 16,5 kgfm/15,8 kgfm a 4 mil RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: manual de cinco marchas

Dimensões: 4,48 m x 1,75 m x 1,47 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,65 m

Peso em ordem de marcha: 1.134 kg

Tanque de combustível: 52 L

Consumo: 10,3 km/l com gasolina ciclo cidade/estrada (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 521 L

Preço: R$ 59.990 (R$ 64.390 como o testado)

Pontos positivos: espaço interno e porta-malas de sedã médio, motor elástico e econômico, dirigibilidade exemplar

Pontos negativos: plástico em excesso na cabine, retrovisor elétrico e regulagem de altura da direção poderiam equipar o modelo

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Embora as alças sejam do tipo “pescoço de ganso”, elas ficam tão na lateral que não amassam as bagagens mais ao centro. Porém, as pantográficas que eram utilizadas no antigo Polo Sedan seriam melhores, já que não comprometeriam de maneira alguma.

A cabine é compartilhada com o Polo e herda as mesmas qualidades e defeitos. Tudo é bem encaixado e os comandos têm bom posicionamento. Porém, há bastante plástico, principalmente nas laterais. Por mais que seja um modelo de entrada, um pouco de tecido sempre é bem-vindo no interior.

Dirigibilidade exemplar

Ao volante, o novo três volumes agradou tanto quanto o seu irmão menor, o Polo. Por ter uma distância entre-eixos maior que o hatch, o Virtus é ainda mais estável em curvas de alta velocidade. A direção leve ao manobrar e precisa ao dirigir também agradou. Os pedais são macios e o câmbio manual tem um bom escalonamento de suas cinco marchas, além de engates fáceis. O conjunto casa muito bem com o motor 1,6l, que é bastante elástico e conta com boa faixa de torque e potência acima dos 4 mil giros.

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Volkswagen Virtus 2018: preço, motorização e todos os detalhes do sedã do Polo

Não é difícil achar uma boa posição de dirigir. O banco conta com regulagem de altura milimétrica, assim como no VW Up. No entanto a direção poderia ter ajuste de altura ao menos. Por mais que não fique em uma posição elevada, é mais ergonômico quando o motorista pode fazer a sua escolha. Outro deslize é não ter retrovisor elétrico nem como opcional nessa configuração de entrada. Os controles manuais chegam até a destoar com o desenho moderno do painel, além de não serem práticos.

Boa compra?

Criado para ser o meio termo entre Voyage e Jetta, o Virtus, assim como o Polo, é um carro moderno e com bom design. Seu amplo espaço interno pode agradar quem viaja muito com o carro cheio. A dirigibilidade é muito bem acertada e o propulsor 1,6l entrega bom desempenho sem abrir mão da economia.

O três volumes deve fazer barulho no mercado, já que seus principais concorrentes são menores. Em porte, apenas o Chevrolet Cobalt pode oferecer alguma resistência. Porém, o Volkswagen tem design mais atual e melhor resolvido, além de ser um projeto moderno.

Se o antigo Polo Sedan não vendeu como a montadora imaginava, mesmo com todas as suas qualidades, seu sucessor tem atributos para conquistar os consumidores.

 

 

 

 

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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