Testamos: Volkswagen Golf GTI honra a linhagem esportiva da marca

A sigla GTI está profundamente ligada à história do Golf. Ambos se uniram pela primeira vez em 1976, ainda na primeira geração do hatch, apenas dois anos...

A sigla GTI está profundamente ligada à história do Golf. Ambos se uniram pela primeira vez em 1976, ainda na primeira geração do hatch, apenas dois anos depois da estreia do modelo. Seis gerações separam o pioneiro do exemplar testado pelo Garagem360. Em sua sétima encarnação, o Golf GTI segue sendo o esportivo que conquistou o mundo há quatro décadas, embora tenha o futuro incerto no Brasil.

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Volkswagen Golf GTI: desempenho

Movido somente a gasolina, o foco deste modelo é o desempenho, com a economia de combustível ficando em segundo plano. Mesmo assim, ele consegue ser razoavelmente econômico: encerrou o teste com média de 6 km/l, mas chegou a fazer quase 10 km/l na cidade. O problema é que este é um carro que te instiga a pisar forte, nem que seja para atingir o limite de 50 km/h no menor tempo possível, o que colaborou para a média de consumo não tão boa.

Os 230 cavalos extraídos do motor 2.0 TSI ajudam na empolgação. Some a isso os 35,7 kgfm de torque, que entram em cena a partir das 1.500 rpm, e o resultado é uma resposta praticamente instantânea ao pisar no acelerador. Caso queira provocá-lo ainda mais, basta acionar o modo Sport, que deixa o GTI mais arisco e faz as trocas de marcha em um maior intervalo de tempo.

Esportivo confortável

Mesmo sendo um carro voltado ao desempenho, o modelo esportivo do Golf não decepciona em termos de conforto. O banco abraça bem o motorista, a posição de dirigir é digna de elogios e todos os comandos estão sempre à mão. Quem viaja na frente tem um bom espaço, mas o banco traseiro não é muito amigável com as pernas dos ocupantes, principalmente se o condutor tiver mais de 1,85 m. Mesmo assim, é possível que quatro adultos andem com conforto.

Todas as respostas do carro são diretas. Você se sente no controle o tempo todo, como se o hatch te falasse como irá contornar determinada curva, ou quando é a hora de se segurar para uma aceleração forte. O volante é preciso, sendo só um pouco pesado em manobras, mas nada que atrapalhe. Já a transmissão DSG de dupla embreagem é rápida e confortável, com trocas imperceptíveis, mesmo no modo mais esportivo. É possível realizar as mudanças manualmente na alavanca ou nas borboletas atrás do volante.

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Volkswagen Golf GTI

Motorização: 2,0l TSI 16 válvulas turbo 230 cv entre 4.700 e 6.200 RPM (gasolina)

Torque máximo líquido: 35,7 kgfm entre 1.500 e 6.200 RPM (gasolina)

Transmissão: DSG automatizada de seis marchas com troca manual na alavanca ou por borboletas

Dimensões: 4,27 m x 1,79 m x 1,49 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,63 m

Tanque de combustível: 51 L

Consumo médio: 6 km/l cidade/estrada (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 338 L

Peso em ordem de marcha: 1.317 kg

Preço: R$ 151.530 (R$ 174.350 como a testada)

Pontos positivos: Prazer ao dirigir, conforto a bordo, direção precisa

Pontos negativos: Espaço traseiro, preço dos opcionais, peso da direção em manobras

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Como é esperado para um carro de R$ 150 mil, o acabamento interno é agradável e com material macio ao toque no painel. Volante e câmbio usam costuras vermelhas, cor que também é vista em frisos das portas e nas soleiras dianteiras. A central multimídia de oito polegadas é compatível com os sistemas Apple CarPlay, Android Auto e Mirror Link, e conversa bem com o painel de instrumentos digital, que pode mostrar ao motorista o mapa da viagem entre os mostradores de velocidade e de rotação.

Futuro incerto

As linhas ainda agradáveis escondem a idade desta geração do Golf, que estreou em 2013. O facelift do último ano deu uma rejuvenescida em um desenho que sempre foi sóbrio, e que talvez por isso tenha envelhecido bem. Porém, se na Europa o modelo de oitava geração já está no forno, por aqui a continuidade do hatch médio é incerta.

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Volta rápida: VW Golf GTE é um híbrido com pegada esportiva

Segundo a Revista Quatro Rodas, a produção nacional do GTI, único que restou na linha, está suspensa e nem volta. A Volkswagen rebate a informação e garante que em breve a produção será retomada. Caso o fim do esportivo se confirme, a tendência é que ele seja substituído pelo híbrido GTE, que estreia no Brasil até o fim de 2019.

Entretanto, independentemente de qualquer coisa, o Golf GTI é um carro que sempre merece ser considerado por quem deseja um esportivo. Seu preço na casa dos R$ 150 mil é fora da realidade da maioria dos brasileiros, mas é baixo se comparado ao que é cobrado pela linha S ou RS da Audi, ou até mesmo por modelos de outras marcas, como Mini, Subaru, Mercedes-Benz e BMW. Seu rival mais próximo é o Honda Civic Si, que é vendido em carroceria cupê.

Dentre os esportivos, ele é um dos melhores custo-benefício. Além de ser rápido, é capaz de consumir pouco e de ter toda a praticidade de um hatch médio de quatro portas.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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