Testamos: Tracker Midnight tem (quase) 50 tons de preto e ótimo desempenho na estrada

A Tracker Midnight chama atenção por ser completamente preta – o que, para a Chevrolet deve ser bom, dado que a montadora a colocou no mercado exatamente por e para isso. Por fora, o SUV urbano é pintado com uma tonalidade chamada Preto Ouro Negro. Por dentro, bancos, painel, console, revestimentos em geral, tudo preto, bem pretinho mesmo (e uns detalhezinhos em laranja no estofamento).

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Semelhante à versão Premium, a Midnight chega agora como top de linha e com a aposta da Chevrolet em convencer que o diferencial (aliado a mais algumas novidades inexistentes em outras Tracker) a desembolsar um valor considerável – R$ 105.690 (a LT, de entrada, custa R$ 92.120) .

O que é bom
Na prática, o carro agrada de maneira geral (tanto para quem liga como para quem não está nem aí para as cores de um modelo). Entre os pontos que chamam a atenção positivamente, tanto na cidade como na estrada, estão o acabamento interno (confortável, com materiais agradáveis ao toque). Bancos apoiam bem o corpo, sendo bastante confortável independentemente da estatura ou peso dos ocupantes.

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Quem está ao volante também gostará de pilotar a Midnight. A agilidade do motor 1,4l turbo é boa. Se pisar fundo, ele arranca com gosto. A suspensão é macia e absorve bem as irregularidades das acidentadas vias do Brasil. Quando o Garagem360 testou a versão do LTZ, percebeu que o modelo era muito bom em curvas em velocidades consideráveis, mesmo sendo alto – isso segue na nova Tracker top de linha.

Do ponto de vista de tecnologia, o Tracker Midnight tem tudo o que a Chevrolet tem de melhor (OnStar, por exemplo). E, apesar de uma série de recursos de ponta, tudo é muito simples e intuitivo de usar. Até pessoas com pouca paciência para atender ligações conseguem, por exemplo, conectar o smartphone ao sistema do Tracker ou acionar o GPS embarcado no modelo. Tudo com um ou dois comandos na central multimídia.

O que poderia ser melhor
Também na prática, o que se percebe em alguns dias de testes da Tracker Midnight é que seu consumo poderia ser melhor. Em uso mesclado entre cidade e 300 km de estradas, o modelo rende a média de 8,7 km/l , com gasolina.

Do ponto de vista do design, avaliação puramente subjetiva, as costuras laranjas dos estofados, que contrastam com o preto preto preto do interior, destoam da proposta da versão. Ao menos dão uma cor ao interior (e, ao menos, novamente, são laranjas e não amarelas), mas passam um ar de algo meio fora do lugar tom.

(A gravatinha preta, também adotada na S10 Midnight, fica no limbo entre os pontos positivos e negativos. De tão escura, parece que há um buraco ali onde fica o símbolo da Chevrolet. No geral, combina com o conjunto da obra, ao mesmo tempo que dá a ideia que o logo ficou pelo caminho.)

Outro ponto que pode incomodar é o espaço interno. Se o motorista for alto, quem for atrás vai passar aperto, já que o espaço interno é o maior problema do Tracker. Quem vai à frente até consegue se ajeitar sem problemas. Já no banco traseiro, um passageiro de mais de 1,85 m não terá vida fácil – as pernas vão encostar no assento frontal. A cabeça raspará no teto.

O sistema Start/Stop é um aliado na economia de combustível, mas no modelo da GM ele não pode ser desativado. Tudo bem que não é um problema exclusivo do utilitário – no Cruze também é assim – mas em dias mais quentes, acaba sendo um pouco incômodo o desligamento do motor, já que o ar-condicionado também para de funcionar.

E o que mais?
Do ponto de vista objetivo, a Tracker não deixa a desejar. A Chevrolet explica que a opção por criar a linha Midnight se dá pela predileção dos consumidores na cor preta. Em especial por parte dos potenciais motoristas de seus SUVs. Então, logo de cara, esses R$ 2.000 de preço entre a versão anterior pode ser irrelevante a compradores.

Além disso, de volta à tecnologia embarcada, o modelo conta com controle eletrônico de estabilidade, ignição do motor por botão, sensor de ponto cego, alerta de tráfego traseiro e assistente de partida em rampa. Teto solar, OnStar e multimídia com Android Auto e Apple CarPlay são itens de série.

Outros itens da Tracker Midnight são:

  • Lanternas com LED
  • Regulagem de altura dos faróis
  • Sensor de estacionamento traseiro
  • Banco do motorista com regulagem elétrica lombar e descansa braço
  • Banco dianteiro do passageiro com encosto rebatível
  • Descansa braço traseiro com porta-copos
  • Porta-objetos embaixo do banco do passageiro
  • Porta-óculos no teto
  • Sombreira do motorista e passageiro com espelho e iluminação
  • Tapetes em carpete
  • Teto solar elétrico

O modelo é equipado com direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, motor turbo Flex de até 153 cavalos com torque de 24,5 kgfm. Tem transmissão automática de seis marchas e sistema Stop/Start, além de freios ABS com EBD, controle de velocidade de cruzeiro.

Vale a compra?
O Tracker Midnight pode agradar especialmente para quem procura um SUV urbano que chame atenção nas ruas. Seus 50 tons de preto a tornam ao mesmo tempo elegante e agressiva. Com muita tecnologia embarcada, trata-se de um modelo que entrega o que promete – boa dirigibilidade, conforto, potência e segurança.

Entretanto, se o motorista não é tão fã assim de um visual que chame a atenção ou seja tão agressivo ou que não ligue para a tonalidade do veículo, talvez seja interessante colocar na ponta do lápis outras opções de compra. Ao compará-la com outras SUVs e até mesmo versões inferiores de Tracker que saem por menos preço, talvez encontrem modelos que entreguem qualidade semelhante.

Veja o Tracker Midnight em detalhes no álbum.

Escrito por

Sérgio Vinícius e Leo Alves

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