Testamos: Toyota Yaris XLS é uma das opções mais racionais do segmento

Com boa lista de equipamentos, acabamento agradável e design moderno, o Toyota Yaris XLS, modelo mais completo, é uma das opções mais racionais entre os compactos premium. Durante o teste de uma semana, a equipe do Garagem360 conheceu melhor o veículo e, de maneira geral, ficou satisfeita com as características do carro da marca japonesa.

Quer ganhar um e-book exclusivo com dicas para cuidar melhor de seu veículo? Assine nossa newsletter neste link.

Toyota Yaris XLS: vida a bordo

A dirigibilidade é o maior trunfo do Yaris. O volante é muito macio e tem direção leve, mas precisa. O câmbio CVT simula sete marchas e tem “troca” bem suave e imperceptível. Além disso, o acelerador é esperto, com o motor 1.5 de 110 cv entregando sua potência de maneira rápida e veloz. Ele não deixa o motorista na mão quando é preciso aumentar a velocidade em uma ultrapassagem ou até mesmo ao encarar aclives ingrimes.

Não falta conforto aos ocupantes do hatch. Os bancos acomodam bem o corpo e usam um bom acabamento em couro, além de detalhes aveludados na parte inferior. É um detalhe simples, mas que deixa o carro com um tom mais elegante.  Já a suspensão, embora mantenha a carroceria estável, absorve bem as irregularidades das pistas, o que contribui para o conforto da cabine.

[info_box title=”Raio-X”]

Toyota Yaris XLS 1.5 CVT

Motorização: 1,5l 16V Dual VVT-i de 105/110 cv a 5.600 RPM (gasolina/etanol)

Torque máximo líquido: 14,3/14,9 kgfm a 4 mil RPM (gasolina/etanol)

Transmissão:Automática do tipo CVT com paddle shifts (simula 7 marchas)

Dimensões: 4,14 m x 1,73 m x 1,49 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,55 m

Tanque de combustível: 45 L

Consumo médio: 8 km/l cidade/estrada com gasolina (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 310 L

Peso em ordem de marcha: 1.110 kg

Preço: R$ 83.990

Pontos positivos: dirigibilidade, acabamento, espaço interno

Pontos negativos: seta desativa facilmente, teto baixo, ausência da saída de ar na traseira

[/info_box]

O espaço para as pernas de todos os ocupantes é outro ponto positivo do Yaris. De quebra, o assoalho traseiro praticamente plano facilita a vida de um terceiro ocupante da fileira posterior. Faltou apenas uma saída de ar para quem vai atrás, que poderia ser adicionada no apoio de braço. Entretanto, como nem tudo são flores, não há muito espaço para a cabeça. Talvez o teto solar seja um dos responsáveis por isso, mas um motorista com mais de 1,85 m vai raspar o cabelo no teto, mesmo com o banco no ajuste mais baixo.

Tudo à mão

Multifuncional, o volante tem comandos do som e do computador de bordo, e todos são intuitivos e à mão do condutor. O acionamento da seta, entretanto, causou algumas irritações. Ela desativa muito rápido com qualquer mexidinha no volante. Um movimento leve (bem menor do que um quarto da direção, por exemplo) já é o bastante para desativar o sistema. Por isso, ao passar de uma faixa para outra e fazer uma curva, é necessário ativá-la diversas vezes.

LEIA MAIS: Testamos: Toyota Yaris sedã oferece bons equipamentos e espaço interno generoso por menos de R$ 80 mil

Latin NCAP: Toyota Hilux, Nissan Frontier e Chevrolet Cruze são avaliados em nova rodada

Os mostradores do painel de instrumentos têm boa visualização, incluindo a tela do computador de bordo. Ela reúne um velocímetro digital, informações sobre o consumo e autonomia, além de calcular o valor economizado em combustível. Um recurso útil é o que informa, sempre que o carro é desligado, a distância percorrida e o consumo gasto naquele trajeto.

Boa compra?

Por conta de seus equipamentos, dirigibilidade e conforto a bordo, o Toyota Yaris XLS é sim uma boa compra. O modelo testado ainda não tinha Apple CarPlay e Android Auto no sistema multimídia, mas a linha 2020 já conta com essa conectividade. Mesmo assim, o visual simples e a tela pequena da central foram mantidos nos modelos mais recentes.

Por R$ 84 mil, o Yaris mais completo tem preço salgado, mas dentro da realidade do segmento. Relativamente econômico — fez média de 8 km/l com gasolina — e bom de dirigir, o hatch deve ser considerado por quem deseja um compacto mais refinado que os modelos de entrada, ou até mesmo como uma alternativa aos SUVs.

 

 

Escrito por

Maria Beatriz Vaccari e Leo Alves

wpDiscuz
Sair da versão mobile