Testamos: mesmo esquecido, Citroën C3 Exclusive ainda é uma boa opção no segmento

A segunda geração do Citroën C3 não é nenhuma novata no Brasil. Por aqui ela estreou em 2012, quatro anos depois de dar as caras na Europa.

A segunda geração do Citroën C3 não é nenhuma novata no Brasil. Por aqui ela estreou em 2012, quatro anos depois de dar as caras na Europa. Desde então o visual segue inalterado. Em 2017 veio uma importante atualização no modelo. O câmbio automático de apenas quatro marchas foi substituído por um de seis velocidades nas versões 1,6l. A versão Exclusive avaliada pelo Garagem360 tinha justamente esse conjunto mecânico e agradou de maneira geral.

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Mesmo desatualizado em relação ao europeu, que já está na terceira geração e não está previsto para o Brasil, o Citroën C3 ainda é um carro bonito. Pode não ter o desenho mais moderno do mercado – ou até mesmo de sua fabricante, mas suas linhas envelheceram bem com o passar do tempo. Ele segue sendo um modelo atraente e recebendo elogios por seu design.

Visão panorâmica

O para-brisa panorâmico Zenit deixa o C3 com um aspecto “testudo”, já que o vidro vai até metade do teto. Porém, este equipamento colabora para o visual moderninho que o hatch tem. Além disso, ele deixa a cabine mais arejada e clara. Ponto positivo para o efeito degradê, que impede que o Sol queime a cabeça dos ocupantes, além de evitar o ofuscamento da visão. Claro que ele não consegue evitar que a cabine fique quente, mas seria pior se o vidro não tivesse esse recurso.

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A boa visão do compacto, porém, não vem somente somente do para-brisa. A posição de guiar é alta, mas não incomoda. Pode não agradar a quem prefere uma tocada mais esportiva, entretanto ela proporciona ao motorista uma ampla vista da frente. Os retrovisores externos instalados na lateral também facilitam a vida do condutor.

Motorização competente

O motor de 1.6 de até 118 cv de potência tem fôlego de sobra. Ele vence subidas sem dificuldade e forma um bom conjunto com o câmbio automático de seis marchas. Este, por sua vez, além das trocas tradicionais, conta com outros dois modos. O “S” é o esportivo e muda as marchas com o giro mais alto. Já o Eco faz o contrário, realizando as mudanças na casa das 2 mil rpm para economizar combustível.

No teste esse modo realmente cumpriu o seu papel. Ativado, ele fez o C3 ter um consumo de 9,4 km/l na cidade. Já no modo normal ele ficou na casa dos 8 km/l, sempre com gasolina no tanque. Com o modo econômico o hatch fica mais chocho, mas mesmo assim ganha velocidade com desenvoltura.

Bom espaço

O teto alto e um bom aproveitamento da cabine colaboram para um bom espaço no hatch. Ele não chega a ser uma referência no segmento, mas acomoda bem até quatro adultos. Os bancos acomodam bem os ocupantes e contam com espuma macia e agradável. Já o porta-malas de 300 litros também está na média dos concorrentes.

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Citroën C3 Exclusive 1,6l

Motorização: 1,6l 16 válvulas 118 cv/115 cv a 5.750 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 16,1 kgfm a 4.750 RPM/ 16,1 kgfm a 4 mil RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: automática de seis marchas

Dimensões: 3,94 m x 1,70 m x 1,52 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,46 m

Peso em ordem de marcha: 1.202 kg

Tanque de combustível: 55 L

Consumo: 7,8 km/l com gasolina ciclo cidade/estrada (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 300 L

Preço: R$ 65.490

Pontos positivos: boa ergonomia, para-brisa panorâmico, bom espaço interno

Pontos negativos: poderia usar mais tecido nas portas, poderia ter mais porta-trecos no interior e os números do painel de instrumentos poderiam ser maiores

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Boa compra?

O Citroën C3, mesmo não sendo nenhuma novidade, segue como uma opção atraente no mercado. Ele estava um pouco esquecido até pela sua fabricante, mas com a introdução do câmbio automático de seis marchas, ele ao menos passou a ter uma transmissão mais moderna. Para quem acha caro os R$ 65.490 pedidos pela versão Exclusive, há outras configurações com o motor 1.2 de 90 cv.

Quem busca um hatch completo e com boa dirigibilidade, e também quer fugir das marcas mais tradicionais, pode encontrar no hatch francês uma boa alternativa. Nessa versão mais completa há um bom pacote de série, incluindo ar-condicionado digital e automático, sistema multimídia de sete polegadas, faróis com acendimento automático e sensor de chuva.

Já que as chances de um novo C3 vir para o Brasil são muito remotas, resta aproveitar o modelo de segunda geração. Por sorte, é um ele é um bom carro e ainda tem fôlego para encarar o mercado.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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