Testamos: Nissan Kicks SV Pack Plus segue forte no segmento de utilitários compactos

Carro mais vendido da Nissan no Brasil, o Kicks abriu mais um ano com bons números de venda. Em janeiro, ele foi o segundo SUV compacto que mais emplacou. Perdeu apenas para o Jeep Renegade. O cenário é positivo, mas a concorrência está se mexendo. Este é, atualmente, o segmento mais disputado do mercado, e em breve novos competidores virão, como os renovados Chevrolet Tracker e Renault Duster. Para saber se o Kicks ainda tem lenha para queimar, e se segue forte diante dos rivais atuais e vindouros, o Garagem360 testou durante uma semana a versão intermediária SV Pack Plus, de R$ 96.990.

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Nissan Kicks SV Pack Plus: convivência

A bordo, o utilitário acomoda com conforto quatro adultos e uma criança. Segundo a Nissan, os bancos frontais utilizam uma tecnologia chamada de Zero Gravity, e que promete cansar menos o corpo. Pode ser efeito placebo, mas de fato a peça acomoda bem o corpo do motorista. Durante a viagem entre São Bernardo do Campo (SP) e Santos (SP), e até mesmo durante os enormes engarrafamentos da capital paulista, me senti confortável ao volante do SUV.

A posição de dirigir é elevada, como manda a cartilha dos utilitários, mas agrada. O volante tem boa pegada, com direção leve e precisa. E o painel de instrumentos proporciona boa leitura ao motorista, com os mostradores grandes e bem posicionados, embora o computador de bordo seja simples e com tela monocromática.

Desempenho

Há quem critique o motor 1.6 de 114 cv do SUV. Sua potência não é a maior da categoria, longe disso, mas o Kicks compensa a falta de cavalos com o baixo peso de 1.142 kg. Dessa forma, mesmo subindo a serra da Rodovia Anchieta lotado, o modelo foi bem. Abastecido com etanol, em momento algum o utilitário demonstrou falta de fôlego. Caso fosse necessário, bastava apertar o botão Sport para aumentar o giro do motor, mas não foi o caso.

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Nissan Kicks SV Pack Plus

Motorização: 1,6l 16 válvulas 114 cv a 5.600 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 15,5 kgfm a 4 mil RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática CVT

Dimensões: 4,29 m x 1,76 m x 1,59 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,62 m

Peso em ordem de marcha: 1.142 kg

Tanque de combustível: 41 L

Consumo: 7,9 km/l cidade/estrada com etanol (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 432 L

Preço: R$ 96.990

Pontos positivos: espaço interno, posição de dirigir e dirigibilidade

Pontos negativos: tamanho do tanque de combustível, computador de bordo simples e central multimídia lenta

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Na ida, por descer a serra quase sem acelerar, o utilitário chegou a fazer 12 km/l com o combustível vegetal. A rodagem na cidade derrubou o consumo, como era esperado, fazendo o Kicks encerrar o teste com a média de 7,9 km/l, rodando a maior parte do tempo com o ar ligado. O resultado foi aceitável, mas o tanque de combustível decepcionou. Ele tem apenas 41 litros, o que acaba limitando a autonomia.

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A estabilidade também merece destaque. Ela é boa mesmo se tratando de um veículo alto. O modelo faz curvas bem e não transmite insegurança, com a carroceria rolando pouco. O conjunto de suspensão é firme, mas não causa desconforto, filtrando bem as irregularidades do solo.

Vale a compra?

Bem equipado, com bom desempenho e amplo espaço interno. O Nissan Kicks tem bons atributos e que justificam o sucesso no mercado. Peca no tamanho do tanque de combustível, mas ao menos tem consumo razoável. Não chega a ser uma grande falha, mas a central multimídia é um pouco lenta em algumas ações, demorando para se conectar aos celulares algumas vezes.

Mesmo com esses detalhes, é uma opção a ser considerada dentre os SUVs compactos, ao menos até a chegada dos novos concorrentes.

Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
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