Testamos: Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line e os atrativos do SUV de luxo

O Mercedes-Benz GLA 200 foi o terceiro modelo da marca com o motor 1.3 turbo de 163 cv a passar pela seção de testes do Garagem360. Antes dele, o A 200 Sedan, em 2020, e o GLB 200, há poucas semanas, foram os carros equipados com o propulsor a passar por aqui. Por isso, acreditava que o modelo não me surpreenderia em desempenho. Acontece que sim, eu fui surpreendido com o carro. E é isso que conto nos próximos parágrafos deste teste.

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line nos testes

Vale lembrar que esta é a segunda geração do GLA. A primeira chegou até a ser produzida no Brasil, na fábrica de Iracemápolis-SP, que hoje está desativada. Por conta disso, ele contava com mais opções de versões e até de motorizações.

Até aqui, a segunda geração só é vendida nesta versão AMG Line. Por mais que haja o nome da divisão de alto desempenho da marca alemã, o GLA só conta com elementos estéticos da gama AMG. Isso inclui as rodas de 20 polegadas, bancos com detalhes em Alcântara, volante derivado dos modelos esportivos, para-choques e grade diferenciados.

E por mais que não tenha nenhuma preparação esportiva, o SUV não decepciona em termos de desempenho. O propulsor 1.3 turbo de 163 cv empurra bem os 1.485 kg do carro e até dá a impressão de ser mais potente do que de fato é. Segundo os dados da Mercedes-Benz, o GLA faz de 0 a 100 km/h em 9,3 s, que é um bom número para um carro sem pretensão esportiva – e com um propulsor relativamente pequeno.

Evoluções

Em relação ao modelo anterior, o GLA evoluiu em praticamente todos os aspectos. Há mais espaço interno e no porta-malas, já que o carro cresceu em altura, largura e entre-eixos. Entretanto, o comprimento se manteve praticamente o mesmo, sendo 7 milímetros menor que o modelo anterior.

Com isso, o carro se manteve relativamente compacto, mas entregando um maior conforto aos ocupantes. Inclusive para os que vão no banco traseiro, que além de terem mais espaço para as pernas, agora contam com duas saídas de ar e uma porta USB-C para carregar o celular.

Ao volante do Mercedes-Benz GLA 200

Dirigir o GLA é uma tarefa extremamente agradável. O carro é preciso ao volante, tendo uma boa dirigibilidade e parecendo mais um hatch do que um utilitário esportivo.

Porém, embora a suspensão tenha um bom acerto, achei que o carro é um pouco duro ao passar em algumas imperfeições do solo. Isso pode ser causado pelas rodas enormes de 20 polegadas, que utilizam mais metal e pouca borracha.

Vale a compra?

Por R$ 325.900, é um pouco difícil justificar o preço. Por mais bem equipado e confortável que seja, o GLA deveria ser o SUV de entrada da marca. No entanto, o GLB, que é maior e com sete lugares, acaba sendo mais barato. E a lista de equipamento de ambos é bem próxima.

Sendo assim, o GLA talvez seja considerado por quem aprecie os detalhes AMG e o tamanho mais compacto do modelo.

Sem contar que os concorrentes Audi Q3, Volvo XC40 e BMW X1 são mais baratos que o SUV da Mercedes-Benz. Por isso, embora tenha evoluído muito e seja excelente ao volante, o GLA 200 está um pouco fora da realidade do mercado, sendo praticamente um modelo de nicho. Mas ainda assim um excelente carro.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.