Testamos: Hyundai Creta Prestige tem bom desempenho e mimos para os ocupantes

Renovado há poucos meses, o Hyundai Creta vive boa fase no Brasil. Ele é o terceiro SUV mais vendido em 2019, atrás apenas da dupla Renegade/Compass...

Renovado há poucos meses, o Hyundai Creta vive boa fase no Brasil. Ele é o terceiro SUV mais vendido em 2019, atrás apenas da dupla Renegade/Compass da Jeep. Para a linha 2020, as principais novidades estão nos novos para-choques e lanternas em LED para o modelo Prestige, top de linha. E foi justamente esta versão que rodou com a equipe do Garagem360.

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Hyundai Creta Prestige: mimos e potência

Configuração mais completa, a Prestige é a única equipada com o motor 2,0l de 166 cv de potência, disponíveis a 6.200 rpm, e 20,5 kgfm de torque, que surgem a 4.700 rpm. Aspirado, o propulsor é elástico e não entrega todo o desempenho de uma vez.

Mesmo assim, ele move sem dificuldades os 1.399 kg do carro, mas deixa a desejar no consumo. Queimando etanol, ele chegou a fazer 4 km/l rodando na cidade e encarando trânsito. A melhor marca em perímetro urbano foi de 7,5 km/l, obtida em uma tarde de domingo sem tráfego. Segundo o Inmetro, o consumo oficial na cidade com o combustível vegetal é de 6,9 km/l, enquanto que o rodoviário é de 8,2 km/l.

Se a queda do nível do ponteiro de combustível pode assustar, ao entrar na cabine e andar com o Creta, o motorista esquece qualquer falha do modelo. Os bancos são confortáveis e o espaço interno é um dos maiores da categoria, cumprindo bem a função de veículo familiar. No porta-malas, os 431 litros também classificam o carro da Hyundai como um dos mais generosos.

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Hyundai Creta Prestige 2.0 

Motorização: 2,0l 16 válvulas 166 cv/156 cv a 6.200 RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 20,5 kgfm/19,1 kgfm a 4.700 RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: automática de seis marchas

Dimensões: 4,29 m x 1,78 m x 1,63 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,59 m

Peso em ordem de marcha: 1.399 kg

Tanque de combustível: 55 L

Consumo: 6,9 km/l (cidade)/ 8,2 km/l (estrada) com etanol (Conpet/Inmetro)

Porta-malas: 431 L

Preço: R$ 107.990

Pontos positivos: conforto, equipamentos e espaço interno

Pontos negativos: consumo, computador de bordo e acabamento com muito plástico

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Entretanto, não é apenas o conforto a bordo que merece elogios. O Prestige oferece aos seus ocupantes bons recursos, como o carregador sem fio, saída de ar para o banco traseiro e ventilação para o assento do condutor.

Outro mimo é a pulseira Key Band, que permite abrir e fechar as portas e dirigir o veículo sem a chave presencial. Ela não tem tantas funções quanto um smartwatch. Sua tela monocromática não mostra as horas com facilidade – mas, no geral, cumpre bem sua função no carro.

Vale a compra?

Este é o único modelo do Creta com o motor 2.0. Embora seja potente e suave, o propulsor cobra a conta no consumo. Entretanto, ele dá mais agilidade ao SUV e conversa bem com o câmbio automático de seis marchas.

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De positivo, o utilitário da Hyundai tem uma boa lista de equipamentos, oferece seis airbags e cinco anos de garantia. Entretanto, há deslizes. O computador de bordo tem bons recursos, mas fica devendo uma tela maior e um mostrador de consumo mais completo e que não marque apenas o trajeto atual. Outro recurso útil que ficou de fora são as borboletas para troca de marcha. O acabamento, embora de qualidade, utiliza bastante plástico.

Pelo conjunto da obra, o modelo Prestige merece ser considerado por quem busca um SUV compacto. Por R$ 108 mil, seu preço está dentro da realidade do segmento, sendo que esta é a versão mais cara do Creta. Talvez a relação custo-benefício seja uma das justificativas do sucesso do modelo, já que oferece um bom pacote pelo valor das versões intermediárias de alguns concorrentes.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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