Testamos: Honda WR-V EXL 2021 melhora visual, mas será que vale a compra?

O Honda WR-V 2021 foi avaliado pelo Garagem360 durante uma semana. Crossover derivado do Fit, ele surgiu em 2016 para ser uma opção...

O Honda WR-V EXL 2021 foi avaliado pelo Garagem360 durante uma semana. Crossover derivado do Fit, ele surgiu em 2016 para ser uma opção com visual aventureiro e preço mais em conta que o praticado no HR-V. E ele já passou por nossa seção de testes algumas vezes, mas retornou por conta das discretas mudanças visuais adicionadas na linha 2021.

Honda WR-V EXL 2021: novo visual

Mesmo não sendo uma mudança profunda, a alteração visual deixou o modelo mais bonito – ao menos para mim. A versão disponibilizada foi a EXL, mas completa do modelo, e nela é possível notar melhor tudo que mudou no carro. A grade é nova na dianteira, com linhas horizontais. Os faróis são em LED e ganharam projetores (apenas nos modelos EX e EXL).

Na traseira, o para-choque ficou mais pronunciado e as lanternas também receberam luzes em LED nas duas versões mais caras do carro. E basicamente foi isso que mudou em seu visual.

Por dentro, as novidades são pequenos detalhes em black piano no painel. De resto segue tudo igual no modelo.

Convivência

Como quase nada mudou em seu interior, entrar na cabine do modelo fez eu me sentir “em casa”, já que é o mesmo desenho interno que estreou em 2016 no WR-V – e em 2014 no Fit.

Por conta disso, não é errado dizer que o crossover já sente o peso da idade, já que seu acabamento é simples e seu design interno não evoluiu tanto ao longo dos anos.

Um dos pontos que mostra essa falta de evolução é a conectividade do carro. É verdade que ele espelha os sistemas Android Auto e Apple CarPlay em sua central multimídia de sete polegadas, a própria tela é antiga, tendo pouca resolução e lerda para cumprir suas funções.

Já o painel de instrumentos é bastante simples para um carro que custa mais de R$ 100 mil. E isso não é nem tanto pelos mostradores analógicos, que são fáceis de ler, mas principalmente pela tela do computador de bordo. Monocromática, ela tem poucos recursos e precisa ser controlada por uma “canetinha”.

Ao volante

Outro ponto que não mudou no modelo é o seu conjunto mecânico. Sob o capô fica o motor 1.5 de 116 cv e 15,3 kgfm de torque, que é aliado ao câmbio automático CVT. Por isso, embora o carro ande bem e seja relativamente econômico, desempenho não é seu ponto mais forte.

Pode-se dizer que a performance é aceitável, mas nada empolgante. O que realmente se destaca é a sua suspensão, que tem melhor acerto que a do Fit e consegue segurar bem a carroceria em curvas mais rápidas, além de ser confortável para o rodar na cidade. E por ter mais curso que a do modelo que deriva, já que o WR-V é mais alto, ela encara bem os obstáculos urbanos, como buracos e valetas.

Entretanto, um carro não se resume apenas ao que o condutor sente nele. Há outros pontos que merecem atenção, como o espaço interno. E nesse ponto o modelo brilha, já que é confortável para quatro adultos. E até mesmo um quinto ocupante viaja bem atrás, já que o assoalho é praticamente plano.

Outro bom ponto positivo do carro é a versatilidade, já que o sistema Magic Seat permite diversas configurações no interior para transportar bicicleta, prancha de surf e até vasos de planta sem dificuldades.

Vale a compra?

Por R$ 104.300, o WR-V EXL poderia oferecer um pouco mais aos seus clientes. É verdade que ele ficou mais bonito e ganhou iluminação em LED, mas parece pouco perante uma concorrência que se arma cada vez mais. Mesmo não sendo um SUV de fato, ele acaba brigando com esses veículos. Um exemplo é o VW Nivus, que oferece um conjunto mecânico mais moderno e itens mais tecnológicos custando quase o mesmo.

Entretanto, a credibilidade Honda e o espaço interno do WR-V são imbatíveis, o que pode atrair o consumidor. Se esses pontos são essenciais, vale a pena conhecer o modelo. Agora se um propulsor mais moderno e mais tecnologia forem essenciais, o jeito é analisar as outras opções do mercado.

Ficha técnica

Honda WR-V EXL CVT 2021

Motorização: 1.5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 rpm/15,2 kgfm a 4.800 rpm (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática continuamente variável (CVT)

Dimensões: 4 m x 1,73 m x 1,59 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,55 m

Peso em ordem de marcha: 1.130 kg

Tanque de combustível: 45,3 L

Consumo (etanol segundo Inmetro): 8,1 km/l (cidade) e 8,8 km/l (rodoviário)

Consumo (gasolina segundo Inmetro): 11,7 km/l (cidade) e 12,4 km/l (rodoviário)

Porta-malas: 363 L

Preço: R$ 104.300

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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