Testamos: Honda HR-V LX economiza nos itens de série, mas conserva qualidades das versões mais caras

O Honda HR-V já foi analisado pela equipe do Garagem360. Na ocasião, o modelo foi testado em sua configuração mais completa, a Touring.

O Honda HR-V já foi analisado pela equipe do Garagem360. Na ocasião, o modelo foi testado em sua configuração mais completa, a Touring. Agora ele voltou justamente na outra ponta da linha. A versão LX, a de entrada do SUV, demonstrou ser muito semelhante em alguns pontos, mas completamente diferente em outros.

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Em termos visuais, o modelo segue com o mesmo design desde o lançamento. Isso vale tanto para o exterior, quanto para o interior. Por ser o primeiro degrau do veículo, a LX tem lista de equipamentos bem mais enxuta. Não há sensores ou câmera de ré. O motorista precisa fazer a baliza do jeito tradicional, com o auxílio dos espelhos. Por sorte, a visibilidade é boa e semelhante à de um hatch.

Na estrada, essas semelhanças são realçadas. Mesmo sendo um veículo alto e com o centro de gravidade elevado, o HR-V é firme em curvas. Durante uma viagem para o interior paulista, o modelo se comportou de maneira exemplar na Rodovia dos Bandeirantes.

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O consumo com etanol também foi positivo, chegando a fazer 13,5 km/l de acordo com o computador de bordo. Na cidade, esse número caiu para cerca de 8 km/l, sendo bem parecido com o que o modelo Touring tinha feito no teste anterior, também com o combustível de origem vegetal.

Convivência

Nos 200 km dentro da cabine do HR-V mais em conta, não faltou conforto e espaço interno para os ocupantes. Os bancos são anatômicos e acomodam bem o corpo. O porta-malas de 437 litros também acomodou bem as bagagens. Joga a favor do SUV o sistema ULT, herdado do Fit, que permite que até itens grandes sejam acomodados no interior, como uma prancha de surfe.

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Honda HR-V LX CVT

Motorização: 1,8l i-VTEC 16 válvulas 139 cv/140 cv a 6.300/6.500 RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 17,4 kgfm a 4.800 RPM/ 17,3 kgfm a 5 mil RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática CVT

Dimensões: 4,29 m x 1,77 m x 1,58 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,61 m

Peso em ordem de marcha: 1.265 kg

Tanque de combustível: 51 L

Consumo: 8 km/l (cidade) 11 km/l (estrada) com etanol (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 437 L

Preço: R$ 87.900

Pontos positivos: boa dirigibilidade, amplo espaço interno, porta-malas grande

Pontos negativos: acabamento mais simples, lista de itens de série enxuta, ruído interno um pouco elevado

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Mesmo sendo voltado para o uso urbano, o utilitário não fez feio em estradas de terra. Nesse caso, a altura em relação ao solo é um importante aliado, apesar da tração somente nas rodas dianteiras. Porém, vale ressaltar que não se tratava de uma pista com lama, pois estava tudo seco e com cascalho. Se o cenário fosse mais complicado, talvez a vida do SUV tivesse sido um pouco mais difícil.

Boa opção?

A versão LX igual a testada tem preço sugerido de R$ 87.900, por conta do câmbio automático CVT. Se optar pela manual, a economia é de R$ 7 mil, sendo mais barato até que o WR-V. Se o rádio mais simples e a ausência dos faróis de neblina, do sensor de chuva e das borboletas para a troca de marchas não é relevante, então a configuração de entrada é uma boa opção.

Alguns detalhes de acabamento também são mais simples, como o volante sem revestimento em couro e a falta de alguns detalhes cromados no painel, além do ar-condicionado ser manual. Porém, visualmente é difícil diferenciar as versões do modelo e só olhos mais atentos vão reparar que o mais barato não tem rack de teto.

Mecanicamente todos os modelos são iguais, sendo mais um ponto que joga em favor dessa versão. Fora que por ser um dos SUVs mais vendidos do mercado, a revenda não é complicada e a tradição da Honda em ser uma marca atenciosa e “inquebrável” também favorece o utilitário japonês.

Em resumo o Honda HR-V LX anda e se comporta como o Touring, mas não ostenta tantos itens de série e tem visual um pouco mais simples. Só que custa R$ 20 mil a menos.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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