Testamos: Honda City EX anda bem e conta com espaço interno de gente grande

Pequeno por fora, grande por dentro. Diversas montadoras já utilizaram esta frase para definir seus carros. Embora o Honda City não tenha campanhas...

Diversas montadoras já utilizaram a batida frase “pequeno por fora, grande por dentro” para definir seus carros. Embora o Honda City não tenha ganhado campanhas de marketing com este slogan, espaço nunca foi problema para o sedã compacto. Para conhecer melhor o veículo, a equipe do Garagem360 testou a versão intermediária EX. E no geral, ele agradou.

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Empurrado pelo mesmo motor 1.5 i-VTEC que equipa o Fit e o WR-V, o City anda bem com seus 1.126 kg. Os 116 cv do propulsor, embora não proporcionem um desempenho esportivo, levam bem o veículo na cidade e na estrada. Em aclives, acompanhado pelo câmbio automático CVT, o sedã sobe bem, mesmo com quatro adultos.

Espaço para todos

De fato, o espaço interno do três volumes é seu grande trunfo. Mesmo que o motorista seja alto e coloque o banco todo para trás, ainda é possível que um adulto viaje com conforto no banco traseiro. Até quatro pessoas podem viajar sem grandes problemas, já que os bancos também são confortáveis e acomodam bem o corpo. A altura do teto também colabora com quem é um pouco maior que a média nacional.

Se por dentro a convivência é boa, na hora de acomodar as bagagens o City também não decepciona. Segundo a Honda, são 536 litros combinados no porta-malas – 485 litros sobre o assoalho e mais 51 litros debaixo dele. Ignorando este número e apenas considerando o primeiro volume, não pode-se dizer que é um espaço pequeno, já que até carros maiores, como o Toyota Corolla e seus 470 l de capacidade, não são tão generosos.

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Honda City EX CVT

Motorização: 1.5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 rpm/15,2 kgfm  a 4.800 rpm (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática continuamente variável (CVT)

Dimensões: 4,45 m x 1,69 m x 1,48 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,60 m  

Tanque de combustível: 46 L

Porta-malas: 485 L

Preço: R$ 75.700

Pontos positivos: espaço interno, porta-malas espaçoso, boa dirigibilidade

Pontos negativos: poderia ter mais airbags, consumo razoável, poderia ter uma central multimídia mais completa

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Vida a bordo

Ao contrário do Civic, que emana esportividade até em seu desenho, o City é mais conservador em design e desempenho. Seu acerto de suspensão privilegia mais o conforto, ao contrário de seu irmão maior. Isso não quer dizer que ele seja ruim de curva, pelo contrário. Sua estabilidade é exemplar, mas ele não foi feito para acelerar.

Ao contrário do Fit, o sedã conta com borboletas no volante para trocas manuais. Seu câmbio simula até seis marchas, bastando mover a alavanca para a posição S. Caso queira focar na economia, basta deixar na opção D que a transmissão CVT deixará o giro do motor o mais baixo possível. Mesmo assim, a unidade avaliada fez média de 7 km/l com etanol ao final do teste. Ter rodado somente na cidade, com transito severo, e em regiões com muita subida não ajudaram o City a ser mais econômico.

Boa compra?

Por R$ 75.700, a versão EX entrega um bom pacote, incluindo um sistema de som com tela de 5 polegadas e conexão Bluetooth, ar-condicionado digital e automático, além de um bom acabamento interno e boa qualidade de construção, embora utilize muito plástico. O Honda City é um bom carro, pena que somente a versão top de linha (EXL) conte com os seis airbags. Porém, quem busca um sedã espaçoso e acha que o Civic foge do orçamento, tem uma boa opção dentro da própria marca japonesa.

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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