Testamos: Honda City EX sente o peso da idade, mas segue forte no segmento

Uma década depois do lançamento de sua primeira geração, o Honda City já é um carro consagrado no mercado. Sua segunda geração já está em seu quinto ano de vida, tendo recebido um leve facelift no começo de 2018. Logo após essa mudança de design, o Garagem360 testou a versão EXL, a mais completa da gama. Agora foi a vez da EX, que é uma abaixo da topo de linha, ser analisada por uma semana, com preço sugerido de R$ 80.300.

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Como anda: Honda City EX

Assim como todas as versões, o conjunto mecânico do modelo é composto pelo motor 1.5 flex de 116 cv e pela transmissão automática do tipo CVT. Ele consegue mover o sedã com desenvoltura, mesmo tendo um acerto mais voltado para o conforto, assim como a suspensão, que oferece boa estabilidade e segura bem a carroceria, mas tem rodar macio e suave.

Rodando a maior parte do tempo na cidade, o modelo obteve 8,5 km/l de média de consumo, rodando com gasolina. Por ter enfrentado engarrafamentos, pode-se considerar que o City até que foi econômico, principalmente por rodar sempre com o ar-condicionado ligado.

Espaço e equipamentos

Por ser um carro familiar, o espaço interno do sedã compacto é um de seus principais trunfos. Quatro adultos conseguem viajar sem apertos, mas um quinto talvez fique apertado no assento do meio do banco traseiro. Isso acontece por causa do espaço para os ombros, já que a carroceria do City não é muito larga, tendo dimensão equivalente a do Ford Ka e do Chevrolet Onix, por exemplo.

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Honda City EX CVT

Motorização: 1.5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 rpm/15,2 kgfm a 4.800 rpm (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática continuamente variável (CVT)

Dimensões: 4,45 m x 1,69 m x 1,48 m (comprimento x largura x altura)

Consumo médio: 8,5 km/l com gasolina (segundo o computador de bordo)

Distância entre eixos: 2,60 m

Tanque de combustível: 46 L

Porta-malas: 485 L

Preço: R$ 80.300

Pontos positivos: conforto, itens de série, consumo

Pontos negativos: ausência dos controles de tração e estabilidade, central multimídia poderia ser mais moderna, computador de bordo simples

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É fácil encontrar uma posição confortável para dirigir. O banco do condutor acomoda bem o corpo, e o volante oferece ajustes de altura e profundidade. Os comandos do veículo são facilmente acessados pelo motorista, estando tudo bem localizado na cabine. A central multimídia de sete polegadas é compatível com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Embora não seja das mais modernas, ela cumpre bem seu papel e não teve grandes problemas de usabilidade.

Vale a compra?

Com cinco anos de estrada, esta geração do City começa a sentir o peso da idade. Embora siga como um forte concorrente, há modelos maiores e com tecnologia mais avançada, como o Toyota Yaris e o Volkswagen Virtus. Ele até conta com bons equipamentos, mas fica devendo alguns itens de segurança, como os controles de estabilidade e de tração.

Espaçoso, com um bom conjunto mecânico e bem equipado, o sedã da Honda segue forte no mercado, embora comece a dar sinais de que uma nova geração talvez já esteja no forno.

 

 

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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