Testamos: Chevrolet Onix Plus Premier agrada pelo conjunto e espaço

Principal lançamento da Chevrolet em 2019, o novo Onix Plus tem todos os predicados para seguir a trajetória vitoriosa do Prisma, seu antecessor. Apresentado em setembro, o sedã foi bem recebido pelo público nos primeiros meses de vida. Entretanto, o recente caso de incêndio, que motivou um recall de todas as unidades, pode ser uma mancha na carreira do modelo, coisa que somente o tempo poderá dizer.

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Após rodar com o modelo durante o lançamento, o Garagem360 testou o sedã durante uma semana, para conhecê-lo melhor no trajeto diário. E as boas impressões iniciais foram confirmadas após um maior contato com o modelo.

Chevrolet Onix Plus: uso diário

O primeiro contato com o Onix Plus, em setembro, foi em uma rodovia de Porto Alegre. Agora, foi a hora de conhecer o modelo nas ruas das cidades do ABC Paulista. E o saldo foi positivo. Esperto e ágil, o motor 1.0 turbo de 116 cv dá conta sem dificuldades, formando um bom conjunto com o câmbio automático de seis marchas. A direção elétrica é leve, mas um pouco anestesiada. Mesmo assim, ela vai bem na hora de realizar manobras com o três volumes.

Assim como já acontecia com o Prisma, o Onix Plus trata bem o motorista e os passageiros. Os bancos são confortáveis e anatômicos. Porém, os dianteiros perderam o encosto de cabeça ajustável, sendo agora uma peça única para coluna e crânio. Isso compromete um pouco a ergonomia do conjunto. Mesmo assim, senta-se melhor no modelo novo que no antigo sedã – que segue em linha, como Joy Plus.

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Andamos: Chevrolet Onix Plus evolui em todos os aspectos

Além de cuidar bem do corpo, o banco do motorista recebeu um ajuste de altura milimétrico. Ainda no habitáculo do condutor, o volante oferece boa pegada, com direito a acabamento em couro na versão Premier. São pequenos aspectos, mas que contribuem para a boa dirigibilidade do modelo.

O espaço também é bom, principalmente para quatro adultos. Quem tiver mais de 1,85 m de altura só precisa tomar cuidado com o teto na traseira. Na dianteira, porém, há espaço de sobra em todas as medidas.

Acabamento e equipamentos

Nesta geração, a Chevrolet apostou em segurança e conectividade para o Onix. Todas as versões contam com seis airbags, o modelo recebeu nota máxima no Latin NCAP, e há uma nova central multimídia com direito a WiFi a bordo – que funciona muito bem, inclusive. Desa forma, o três volumes conta com um bom nível de equipamentos, tendo até mesmo ar-condicionado digital e duas entradas USB para os ocupantes traseiros.

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Chevrolet Onix Plus Premier

Motorização: 1,0l turbo 12 válvulas 116 cv a 5.500 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 16,8 kgfm 2 mil RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática de seis marchas – opção de troca manual por botão

Dimensões: 4,47 m x 1,73 m x 1,47 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,60 m

Peso em ordem de marcha: 1.112 kg

Tanque de combustível: 44 L

Consumo: 8,1 km/l cidade com gasolina (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 469 L

Preço: R$ 76.190

Pontos positivos: conforto ao dirigir, equipamentos, agilidade

Pontos negativos: leitura do mostrador de velocidade, botão para troca de marchas, encosto de cabeça interiço

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O acabamento interno também é bom, mesmo com o uso de bastante plástico na cabine. A versão Premier até tem mais tecido e detalhes diferenciados, com mais texturas no painel, mas nada feito com material sensível ao toque. Porém, esse não é algo praticado apenas pelo Onix Plus. Seus concorrentes seguem a mesma receita, mesmo em versões mais caras.

Hora da compra

Por R$ 76.190, o Chevrolet Onix Plus entrega um bom pacote, amplo espaço interno e itens de conectividade exclusivos. A marca agiu rápido por conta dos casos de incêndio, e diz já ter solucionado o problema. Durante os testes, nenhuma anomalia foi notada pela equipe. Sendo assim, fica a expectativa pelo final feliz dessa história.

Trata-se de um bom carro, com concepção moderna e um bom conjunto mecânico. A estabilidade também é boa, assim como o conforto. Porém, há deslizes. O painel de instrumentos analógico tem leitura difícil em algumas velocidades, como os 50 km/h. Por sorte, a tela central exibe também a velocidade digital. Por falar no visor do quadro de instrumentos, ele poderia ter melhor resolução. E faltaram as borboletas atrás do volante, já que as trocas manuais só podem ser feitas pelo botão na alavanca, como já acontecia no modelo anterior.

Superados os problemas iniciais, o sedã do Onix é um forte candidato no segmento e tem potencial para seguir o caminho do Prisma.

 

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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