Tesla revive o modo ‘Mad Max’ em seu Sistema de Direção Autônoma Completa (FSD)
Atualização FSD v14.1.2 revive o modo de direção autônoma mais agressivo, permitindo mais velocidade e mudanças de faixa. Entenda a polêmica, os requisitos de segurança e por que a Tesla trouxe o recurso de volta em meio a investigações.
A Tesla volta a ser o centro das atenções — e das controvérsias — com o retorno do modo “Mad Max” em sua mais recente atualização do sistema de Direção Autônoma Completa Supervisionada (FSD v14.1.2). O recurso, que estreou originalmente em 2018, foi projetado para tornar o veículo mais agressivo e assertivo no trânsito.
Tesla revive o modo ‘Mad Max’ em seu Sistema de Direção Autônoma Completa (FSD)
O ressurgimento do modo “Mad Max” ocorre em um momento delicado, em que a montadora enfrenta novas críticas de órgãos reguladores como a NHTSA (Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário) e lida com diversos processos judiciais movidos por clientes.
O novo modo “Mad Max” atinge o extremo oposto do espectro de direção autônoma, em contraste com o “Modo Preguiça” introduzido na versão FSD v14 do ano passado.
De acordo com as notas de lançamento da Tesla, o perfil “Mad Max” permite:
- Velocidades mais altas
- Mudanças de faixa mais frequentes
- Comportamento mais decisivo do que o modo anterior, “Hurry” (Apressado).

Embora alguns fãs da Tesla elogiem a atualização por tornar a direção autônoma mais “natural” e menos hesitante, críticos apontam que o recurso pode incentivar comportamentos de risco, desvirtuando o foco na segurança em um sistema que ainda exige a supervisão constante do motorista.
O nome “Mad Max”, emprestado da série de filmes pós-apocalípticos, já sugere um tom ousado. Horas após o lançamento da atualização, surgiram relatos de motoristas observando carros no novo modo agindo de forma mais assertiva, inclusive ignorando sinais de parada e dirigindo acima do limite de velocidade.
A decisão da Tesla de reviver o recurso pode ter múltiplos propósitos:
Demonstrar Progresso: Sinalizar o desenvolvimento contínuo e a capacidade do software FSD.
Agradar Clientes: Atrair motoristas que preferem movimentos mais rápidos e dinâmicos no tráfego.
Meta de Autonomia: Reforçar a busca pelo objetivo de autonomia Nível 4, mesmo que o FSD permaneça, tecnicamente, classificado como Nível 2, exigindo supervisão humana constante.

O que significa para o motorista
Proprietários de Tesla com o sistema Full Self-Driving (Supervised) podem acessar o modo “Mad Max” nas configurações do carro, em “Perfis de Velocidade”.
É fundamental lembrar: mesmo com um nome que evoca ousadia, o sistema FSD exige atenção ativa. O motorista deve sempre manter as mãos no volante e estar pronto para assumir o controle a qualquer momento. Em meio às investigações regulatórias, a segurança e a responsabilidade continuam sendo a prioridade máxima.
Você acha que um modo de direção “agressivo” deveria ser permitido em um sistema de assistência ao motorista que ainda não é totalmente autônomo? Qual é o futuro da direção autônoma no Brasil?
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.