Tentativa de popularizar não deu certo, afinal, o que tem de errado com este hatch?

Nada. Muito pelo contrário. O Peugeot 208 é completo desde sua versão de entrada, com bom conjunto mecânico e alto nível de conectividade embarcada nas versões mais completas. O que pesa é a concorrência que o hatch sofre.

Tentativa de popularizar não deu certo, afinal, o que tem de errado com este hatch?
Linha 2023 do Peugeot 208 sofreu alterações visando recolocação no mercado (Foto: Divulgação)

Ser hatch não é fácil

Mesmo com os bons atributos que o Peugeot 208 tem para oferecer no segmento dos hatchbacks, o modelo emplacou ”apenas” 4.464 unidades vendidas no primeiro trimestre de 2023.

O número fica bem distante dos líderes da categoria no ano, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo. Só em março, os líderes do segmento tiveram mais de 6 mil emplacamentos (Onix e HB20 ultrapassaram a casa dos 8 mil).

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Além disso, o Volkswagen Polo também atingiu esse patamar em março, com mais 8 mil vendas.

Dessa forma, ao somar o acumulado do ano até aqui a relevância do Peugeot 208 frente aos principais adversários de segmento fica ainda menor perante ao público.

No período, o Onix (segundo carro mais vendido do país) emplacou 21.528 vendas, seguido pelo HB20, com 16.194 vendas e Fiat Argo, com 14.988 emplacamentos.

No ranking geral, o Peugeot 208 é o 33º veículo mais vendido do Brasil no ano até aqui, sendo o 10º entre os hatches, posição aquém do esperada pela marca.

Mas afinal, o que faz o bom modelo não conseguir fazer frente aos líderes da categoria?

Tentativa de popularizar não deu certo, afinal, o que tem de errado com este hatch?
Aposta da Peugeot entre os hatches mudou proposta no meio do caminho para tentar diminuir vantagem para os rivais (Foto: Divulgação)

Nem popularização salvou o modelo

Inicialmente lançado como um hatch com configurações de motorização mais potentes voltado para o público premium como a própria marca dizia, não demorou muito para a Peugeot revisar sua estratégia e tentar mais protagonismo entre os modelos compactos no Brasil.

Em maio do ano passado, a montadora anunciou uma atualização na linha 208, com as versões de entrada do modelo passando a ter motores 1.0 Firefly, assim como os da Fiat.

O processo se deu graças ao compartilhamento de plataforma devido a união da PSA com a FCA, dando origem a Stellantis.

Desta forma, o update nas configurações do modelo trouxeram à tona a proposta da montadora de oferecer o mesmo ”veículo premium” de forma mais acessível.

Antes da tentativa de ”popularização”, o Peugeot 208 era vendido com motorização 1.6 THP e transmissão automática.

Após a implementação, o modelo passou a ser oferecido com motor 1.0 e transmissão manual de cinco marchas nas versões de entrada.

No entanto, de lá para cá a diferença entre Peugeot 208 e os principais concorrentes de segmento só cresceram.

Assim, serão necessárias novas investidas da marca para fazer frente aos consolidados adversários em um cenário que parece ter a ver muito mais com o que fazem Chevrolet e Hyundai do que com o que deixam de fazer os demais.

Gervásio HenriqueJornalista com maior experiência profissional no setor automotivo. Atualmente redator do Grupo Gridmidia com foco no portal Garagem360. Temas como: mobilidade, serviços e setor de caminhões estão entre as preferências.
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