Suspensão necessita de revisão a cada 10 mil quilômetros

Manutenção preventiva ajuda a prolongar a vida útil do sistema

Enquanto você dirige e enfrenta buracos, lombadas e oscilações nas ruas e nas estradas, a suspensão do carro trabalha duro para fazer com que grandes impactos não sejam sentidos durante o percurso e também para proporcionar estabilidade e conforto para os passageiros. Mas, por ser um item fundamental para a segurança de todos a bordo, o sistema precisa de alguns cuidados.

Composto de coxim, buchas, bandejas, amortecedores, molas, pivôs, barra estabilizadora, caixa de direção, rolamento de rodas, junta homocinética e bieleta, o conjunto deve passar por revisão a cada 10 mil quilômetros. Leandro Vanni, engenheiro de serviços da DPaschoal, indica que todas as peças sejam olhado com cautela e, em caso de irregularidade, passem por reparos.

“Ao fazer a inspeção periodicamente, é possível detectar falhas em fase inicial, o que, muitas vezes, diminui os custos e evita problemas no futuro. Além disso, o sistema em bom estado garante a estabilidade do automóvel, inclusive em dias de chuva e curvas”, comenta o especialista.

Vanni diz ainda que, se os componentes da suspensão estiverem comprometidos e não forem substituídos, os pneus podem se desgastar. “O ideal é mesmo realizar a manutenção a cada dez mil quilômetros, mas se o condutor ouvir ruídos anormais, sentir a falta de estabilidade quando estiver dirigindo ou desgastes irregulares nas rodas, deve abreviar este prazo.”

Amortecedor é o principal componente da suspensão| Foto: Divulgação

No caso dos amortecedores, principal componente do sistema de suspensão, a troca preventiva é recomendada a cada 40 mil quilômetros rodados ou quando o motorista notar problemas de dirigibilidade – junto com eles devem ser substituídos coxim, batente e coifa. Ruídos, solavancos, balanços excessivos, falta de contato dos pneus com o solo são alguns sinais de desgaste.

Cuidados ao dirigir

De acordo com Juliano Caretta, coordenador de treinamento técnico da Monroe, fabricante de amortecedores, junto com as manutenções preventivas e, se necessário, corretivas, é preciso cuidado ao transitar em locais mal pavimentados, pois eles podem desgastar precocemente os componentes da suspensão. O especialista ressalta ainda que a duração de todo o conjunto será proporcional às condições de uso do veículo.

“Respeitar os limites de velocidade, principalmente em pistas irregulares, reduzir a velocidade e ter cautela ao passar por buracos e imperfeições ajudam a prolongar a vida útil do conjunto. Também é recomendável evitar modificações na suspensão”, comenta Caretta.

Fora isso, congestionamentos diários, típicos dos grandes centros urbanos, também aceleram o desgaste das peças. O que acontece é que, embora o carro ande em baixa velocidade, as constantes frenagens podem prejudicar os itens de segurança, pois provocam a transferência de peso, sobrecarregando freios, pneus, molas, amortecedores e outros componentes.

Mais dicas

Quando estiver dirigindo, se você não conseguir desviar de um buraco, o ideal é reduzir a velocidade ao máximo, pois o choque brusco pode acarretar a quebra de um ou mais componentes da suspensão. De acordo com Vanni, uma boa dica é alinhar as duas rodas dianteiras para que elas passem juntas pelo obstáculo.

Outras recomendações para manter o conjunto em bom funcionamento são manter os pneus sempre calibrados e evitar o excesso de peso no interior do automóvel – quando o carro está muito pesado, ocorre a diminuição da vida útil do sistema, bem como de outras partes.

Além disso, é indicado atenção ao uso de amortecedores recondicionados. Segundo a Monroe, o recondicionamento é uma espécie de reforma que pode maquiar itens comprometidos. A empresa relata que as peças reaproveitadas não passam pelos mesmos processos de fabricação e qualidade adotados pela fabricante ou autorizada.

O melhor a se fazer, então, é optar por componentes de qualidade e que possuam o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

 

Escrito por

Talita Morais

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