Depois de 63 anos, Suíça volta a receber uma corrida com e-Prix de Zurique
A Suíça vai voltar a receber uma corrida de automobilismo depois de 63 anos. Neste domingo (10), Zurique recebe a 10ª etapa da temporada 2017/18 da F-E.
A Suíça vai voltar a receber uma corrida de automobilismo depois de 63 anos. Neste domingo (10), Zurique recebe a 10ª etapa da temporada 2017/18 da Fórmula E. A histórica corrida terá a participação de dois brasileiros. Lucas Di Grassi, atual campeão da categoria, e Nelsinho Piquet, primeiro campeão da história da modalidade, estarão presentes no e-Prix.
O país teve as corridas proibidas em 1955. Isso porque nas 24 Horas de Le Mans daquele ano aconteceu um dos piores acidentes da história do automobilismo. Mais de 180 espectadores ficaram feridos e 83 morreram após a Mercedes-Benz 300SLR de Pierre Levegh ser arremessada em direção à arquibancada. O piloto francês morreu na hora e a Mercedes, que tinha grandes chances de vitória, abandonou a prova.
A montadora alemã não só saiu da corrida, como também do automobilismo. Somente em 1985 eles voltaram a se envolver com o esporte a motor.
Proibição
Talvez por conta da proximidade da França com a Suíça, a tragédia de Le Mans causou forte comoção no país. Por conta disso, as corridas foram proibidas no solo helvético. Somente em 2015 a proibição caiu por terra. Porém, somente corridas de veículos elétricos podem ser realizadas. Por isso é que a Fórmula E será a primeira categoria a competir no local depois de 63 anos.
e-Prix
Com 2.465 metros de extensão, o novo circuito de rua de Zurique será montado no centro da cidade. São 11 curvas no total, onde a pista será palco de 39 voltas às margens do Lago Zurique. A prova terá largada às 13h (de Brasília), com transmissão ao vivo pelo Fox Sports. Piloto da Audi, Di Grassi vem de uma sequência de quatro pódios consecutivos e espera lutar pela vitória. Já Nelsinho, piloto da Jaguar, vem de um 12º e espera se recuperar nessa reta final do campeonato.
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Por falar em automobilismo, veja na galeria especial alguns dos carros mais marcantes da história da Fórmula 1.
Carros Históricos F1: Lotus 49: em 1967, Colin Chapman apresentou ao mundo o inovador Lotus 49; ele trouxe novos conceitos para a F1, sendo o primeiro carro a exibir uma marca de patrocínio; também ajudou a popularizar os aerofólios na categoria, além de mudar a posição dos radiadores da frente para as laterais, conceito usado até hoje |Foto: jimculp@live.com / ProRallyPix via VisualHunt.com / CC BY-NC-ND
Lotus 72: outra obra prima de Colin Chapman, o Lotus 72 inovou a aerodinâmica da F1; foi o carro que deu ao brasileiro Emerson Fittipaldi seu primeiro título na categoria, em 1972 |Foto: Plbmak via Visual Hunt / CC BY-NC-ND
McLaren M23: lançado durante a temporada de 1973, o bólido foi responsável pelo primeiro título de pilotos da equipe um ano depois, nas mãos de Emerson Fittipaldi, que se sagrou bicampeão do mundo; em 1976, deu a James Hunt seu único título de pilotos; foi aposentado em 1977 | Foto: Sum_of_Marc via Visual Hunt / CC BY-NC-ND
Lotus 79: Colin Chapman realmente era um visionário e, em 1978, apresentou o inovador Lotus 79, que tinha seu assoalho em formato de asa invertida, sendo o primeiro carro da categoria com o recurso; o resultado foi o título de pilotos, com o norte-americano Mario Andretti, e o de construtores para a escuderia | Foto: bobaliciouslondon via Visualhunt.com / CC BY
Renault RS10: em 1979, a Renault entrou pela primeira vez na F1; embora nunca tenha sido campeã do mundo, a máquina foi a responsável por inaugurar a primeira era turbo da categoria, que durou até 1988 |Foto: bibendum84 via Visual Hunt / CC BY-SA
Lotus 99t: último carro guiado por Ayrton Senna na Lotus, o 99t foi o primeiro a utilizar a suspensão ativa; apesar de a inovação não ter feito muito sucesso, ajudou o piloto brasileiro a conquistar suas últimas vitórias pela equipe |Foto: BYSER via VisualHunt / CC BY
McLaren MP4-4: em 1988, a McLaren contratou Ayrton Senna para ser seu piloto, ao lado do bicampeão do mundo Allain Prost, formando uma das maiores rivalidades da história da categoria; arrasador, o MP4-4 sobrou naquela temporada, vencendo 15 das 16 corridas que disputou, fechando com chave de ouro a era turbo e dando ao brasileiro seu primeiro título|Foto: atomicjam via Visualhunt / CC BY-NC
Williams FW14b: o inglês Nigel Mansell, em 1992, pôde, enfim, comemorar seu título mundial de pilotos; o FW14b venceu 10 das 16 corridas daquele ano, e trouxe inovações como suspensão ativa, cujo conceito foi ampliado depois do Lotus 99t, transmissão semiautomática e controle de tração |Foto: Dan Mumford via Visual Hunt / CC BY-NC-ND
Ferrari F2002: símbolo do domínio que a Ferrari teve no começo dos anos 2000, o F2002 reinou absoluto na temporada daquele ano, vencendo 15 das 17 corridas disputadas e deu ao alemão Michael Schumacher seu quinto título |Foto: alessio mazzocco via Visualhunt / CC BY-NC
Ferrari F2004: mais um carro dominante da Ferrari, o F2004 ajudou Schumacher a conquistar seu sétimo e último título, o quinto consecutivo; com o bólido, o alemão venceu 13 das 18 provas daquela temporada| Foto: emperornie via Visual hunt / CC BY-SA
Red Bull RB7: Sebastian Vettel conquistou seu segundo título a bordo de uma máquina demolidora, em 2011; o RB7 venceu 12 das 19 corridas (sendo 11 com Vettel), além de conseguir 18 das 19 poles possíveis | Foto: nic_r via Visual hunt / CC BY-SA
Mercedes-Benz F1 W05 Hybrid: primeiro carro campeão da nova era turbo da categoria, o bólido que deu o segundo título mundial para Lewis Hamilton conquistou 16 das 19 corridas de 2014, sendo pole em 18 das 19 etapas | Foto: nhayashida via VisualHunt.com / CC BY
Mercedes-Benz F1 W06 Hybrid: carro vencedor de 2015, deu o terceiro título de pilotos ao inglês Lewis Hamilton, o W06 foi tão dominante que conseguiu 16 vitórias em 19 etapas e 18 poles | Foto: nhayashida via VisualHunt.com / CC BY
Escrito por
Leo Alves
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.