Será que o GWM Ora 03 terá o mesmo sucesso que o BYD Dolphin?

Por que o GWM ORA 3 não vende tanto quanto o BYD Dolphin mesmo sendo maior, mais potente e mais bem equipado? Descubra

R$ 200. Essa é a diferença de preço entre o BYD Dolphin EV (R$ 149.800) para o GWM Ora 03 Skin (R$ 150 mil). Não parece algo relevante para um fazer sucesso e o outro nem tanto.

Além disso, o Ora 3 é mais potente, maior e tem mais itens de série (principalmente de segurança). Porém, isso tudo não refletiu (ainda) nos números.

De acordo com a ABVE, o Dolphin vendeu 1.366 unidades em outubro (um recorde de vendas), enquanto o Ora vendeu 200 unidades nas primeiras 48 horas de vendas em setembro. Por estar na pré-venda ainda não há números referentes a outubro.

 

 

GWM Ora 3 Skin – Foto: Divulgação

Será que o GWM ORA 3 fará o mesmo sucesso que o BYD Dolphin?

Na teoria, o Ora deveria vender mais, já que conta com uma gama de recursos a mais, dos quais se destacam

  • Indicador de fadiga
  • Alerta de ponto cegoo
  • Alerta de mudança de faixa
  • Assistente de permanência de faixa
  • Alerta de tráfego cruzado direito
  • Frenagem automática de emergência
  • Frenagem automática em manobras
  • Banco do Motorista com ajuste elétrico
  • Banco traseiro Bipartido
  • Reconhecimento de placas de trânsito.

É mais potente com 171 cv de potência e 25,2 kgfm de torque, contra  95 cv e 18,3 kgfm do Dolphin. 

Também é maior, com 4,23 m de largura,  1,82 m de largura e 1,60 de altura, ante 4,12 m de comprimento, 1,77 m de largura e 1,57 m de altura.

Então, porque não vende mais?

Vamos as possíveis razões:

A bateria superior do BYD Dolphin

Recentemente, o Inmetro reavaliou a autonomia do Ora 03 para 232 km, enquanto o Dolphin manteve-se a 290 km (até mais, de acordo com alguns proprietários).

A diferença é perceptível pelo público, uma vez que a BYD é uma das líderes mundiais no quesito bateria. Isso, por si só, já proporciona maior confiança aos consumidores em relação à autonomia e desempenho do veículo. 

Credibilidade da BYD como marca (e do carro)

A BYD também é reconhecidamente a maior fabricante de carros eletrificados do mundo (incluindo 100% elétricos e híbridos). Em setembro, passou a Ford e agora é a quarta empresa que mais vende carros no mundo, de acordo com a TrendForce.

A fatia de mercado da greentech chinesa é de 4,8%, bem próximo da Honda com 4,9%, mas um pouco distante da líder Toyota com 9,8% de participação global.

Além disso, o Dolphin é o carro que mais sai da marca, com mil unidades vendidas por dia no mundo. 

 

 

BYD Dolphin – Foto: Divulgação

Esses números impressionantes são resultado de sua experiência e pioneirismo na tecnologia de baterias, o que estabeleceu uma confiança global ao longos do anos e que pode influenciar a preferência dos consumidores.

GWM Ora tem que fazer o mesmo Investimento em marketing

A BYD desenvolveu uma estratégia agressiva para seu hatch: preço competitivo (para um elétrico), carregador grátis e seguro gratuito por um ano. Também reforça os 8 anos de garantia para bateria

Ademais, também tocou no coração do brasileiro ao anunciar no horário nobre. Desde o início do mês de novembro é possível ver o anúncio do Dolphin no intervalo da novela das 9 da Globo. 

Esses aspectos têm influenciado a preferência dos consumidores e contribuído para o maior sucesso do Dolphin. No entanto, é importante ressaltar que o mercado de veículos elétricos é dinâmico e sujeito a mudanças.

Tudo pode mudar quando as duas marcas, BYD e GWM, começarem a produzir seus carros no país, o que está previsto para 2024.

Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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