Seguradoras não cobrem carros particulares com propaganda eleitoral; saiba motivos 

A partir do momento em que são usados com a finalidade de fazer propaganda política, carros particulares podem perder sua cobertura de seguro.

Em pleno período eleitoral, muitos carros são adesivados para fazer a propaganda eleitoral dos mais diversos candidatos. Porém, o que nem todos os proprietários sabem é que carros particulares com contrato de seguro auto ativo, a partir do momento em que são usados com a finalidade de fazer propaganda política, podem perder a sua cobertura securitária.

De acordo com o sócio-diretor da Touareg Seguros, André Carvalho Augusto, pelo fato de poucas pessoas terem conhecimento desse detalhe contratual, o prejuízo, caso ocorra qualquer tipo de sinistro, acaba ficando com o dono do veículo. 

O que fazer para não perder a cobertura do seguro

(Foto: Reprodução internet)

“Já faz um bom tempo que as seguradoras estão se negando a realizar o pagamento de indenizações, pois ao se fazer a apólice, o veículo está com o perfil ‘particular’. A partir do momento em que a pessoa o adesiva e passa a fazer a propaganda eleitoral, esse perfil deixa de existir”, explica Augusto.

Segundo ele, uma coisa é utilizar o carro para trabalhar, estudar ou outras atividades cotidianas. Outra, é usá-lo para finalidades como essa. “As seguradoras levam em conta que aumentou a circulação do carro, a quilometragem rodada por dia, o risco de colisão e até mesmo furtos, pois a pessoa começa a ir para lugares que, até então, não faziam parte do seu cotidiano”, explica o especialista.

Para evitar aborrecimentos, a saída, segundo Augusto,  é o proprietário do veículo pedir ao seu corretor o endosso à seguradora. “Endosso é a alteração que é feita na apólice do seguro, para que ele venha a cobrir esta mudança de risco”, explica.

O valor extra a ser cobrado varia de acordo com o modelo de veículo e a seguradora contratada. 

Outros tipos de adesivagem em carros

Restrições se aplicam para qualquer adesivagem que remeta ao uso comercial ou publicitário do carro (Foto: Divulgação)

E não é apenas o uso de adesivos de propagandas políticas que pode invalidar a apólice do seguro auto, mas sim qualquer tipo de plotagem que remeta ao uso comercial ou publicitário do veículo.

Quando o proprietário, no momento em que contrata o seguro, omite que o carro será utilizado para uso comercial, ele implicitamente concorda que não haverá cobertura de possíveis danos, caso o veículo esteja sendo utilizado para esses fins.

“Por isso, antes de adesivar o veículo, é de extrema importância procurar o seu corretor de seguros”, recomenda o especialista.

 

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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