Sedãs de até R$ 120 mil que entrarão na onda do novo “Carro Popular”

O governo anunciou que está estudando formas de reduzir o preço dos automóveis. O novo carro popular terá descontos em relação aos preços atuais em quase 11%, o que reduziria também os valores cobrados pelos modelos sedãs. 

Fiat Cronos
Fiat Cronos é um dos sedãs que pode ser beneficiado com as medidas do “carro popular”. Foto: Divulgação

Novo carro popular pode contemplar sedãs

Atualmente nenhum sedã novo é vendido abaixo de R$ 80 mil. O mais barato é Hyundai HB20S, que parte dos R$ 82.790. Ainda assim é uma categoria bem procurada, mesmo com os preços nas alturas.

Em média, as reduções de preços variam entre 1,5% a 10,96%, respeitando uma série de medidas que incluem segurança e tecnologia embarcada. Partindo dessa premissa, fizemos o cálculo médio do quanto os sedãs mais baratos do ficariam:

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  • O Fiat Cronos, de R$ 84.790 pode ser vendido entre R$ 75.497,01 e R$ 83 518,15  reais; 
  • O HB20S, versão sedan do HB20 que hoje custa R$ 82.290 pode chegar ao mercado com preços entre R$ 73.271,01 e R$ 81.055,65;
  • O Renault Logan que atualmente custa R$ 91.090,00 pode sair entre R$ 81.106,53 e R$ 89.723,65;
  • O Onix Plus, vendido a partir de R$ 87.590,00 pode ter seu valor reduzido entre R$ 77.990,00 e R$ 86.276,15;
  • O Toyota Yaris sedan está tabelado a partir de R$ 97.990. Com a redução pode sair das concessionárias por valores entre R$ 87.250,29 R$ 96.520,15;
  • Por fim, o Nissan Versa, vendido a partir de 101.190, que com os descontos pode ser negociado entre R$ 90.099,57 e R$ 99.672,15.

Medida pode gerar R$ 600 milhões ao Tesouro

De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, as medidas anunciadas pelo governo para reduzir o preço dos carros podem gerar um impacto entre R$ 500 a R$ 600 milhões “ou um pouco mais”, mas não estaria nem perto dos “bilhões” que foram especulados. 

“É complicado adiantar (o impacto), porque depende do cenário, do prazo de duração”, disse.

Segundo o secretário, o programa passa por alterações da área econômica com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para alinhar os aspectos políticos e econômicos.

“Haddad já sinalizou que será um período transitório, de três a quatro meses, com impacto fiscal limitado, que será integralmente compensado. Medida específica de compensação vai depender de prazos, mas os estudos estão avançados para apresentar a Lula e Alckmin”, afirmou.

Ceron afirma ainda que não há nada definido sobre as medidas de corte que vão estimular a indústria automotiva e que a equipe econômica busca soluções para adequar as renúncias de receitas e não apenas as obrigatoriedades da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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