Saiba qual a melhor gasolina para motos: comum, aditivada ou premium 

Existe algum combustível mais adequado para motos? É possível misturar gasolina com etanol? As respostas podem variar de acordo com o modelo.

Existe algum combustível mais adequado para motos? É possível misturar gasolina com etanol? As respostas podem variar de acordo com o modelo que você já possua ou pretenda em comprar. Confira, a seguir, o que dizem representantes de algumas das maiores fabricantes de motocicletas no País.

Gasolina comum, aditivada ou premium: qual a melhor?

Melhor gasolina da moto depende do modelo (Foto: Freepik)

Filipe Santos, do Departamento de Marketing e Vendas da Kawasaki, explica que as motocicletas da marca usam exclusivamente gasolina. Para abastecê-las, ele recomenda a de alta octanagem (premium). “Esse tipo de combustível diminui a carbonização nas partes internas do motor e aumenta o desempenho da motocicleta. Essas são características positivas do combustível”, justifica.

Na fábrica da Honda, as motocicletas que não têm motor flex são desenvolvidas com a gasolina do tipo E22 – com 22% de álcool anidro, ou seja, sem água. Essa característica permite que as motos fiquem adaptadas para as gasolinas vendidas hoje nos postos, que possuem 27% de etanol na composição. 

(Foto: Divulgação/Honda)

Portanto, as motos da Honda podem utilizar qualquer tipo de gasolina (comum ou aditivada), desde que não esteja adulterada. “Para os modelos flex, também pode ser utilizado qualquer tipo de etanol, também não adulterado”, afirma Alfredo Guedes Junior, supervisor de Relações Públicas da Honda.

A preocupação com a qualidade do produto também é destacada pela Yamaha, outra grande fabricante no Brasil. O manual do modelo Fazer FZ25, um dos mais vendidos no País, afirma que “o uso de gasolina ou etanol de má qualidade pode provocar severos danos às partes internas do motor, como nas válvulas e anéis do pistão, assim como no sistema de escape”.

Por ser flex, esse modelo permite o uso de etanol ou gasolina. No caso da gasolina, a fabricante recomenda a aditivada, pois defende que esse tipo de produto estende a vida útil da vela de ignição e reduz os custos de manutenção.

Pode misturar gasolina com etanol no tanque?

Honda e Yamaha têm modelos que podem ser abastecidos com etanol (Foto: Divulgação)

Enquanto a Kawasaki usa apenas gasolina, a Honda fabrica modelos flex. “Nossas motocicletas que possuem o sistema flex podem utilizar qualquer tipo de mistura entre álcool e gasolina”, diz Guedes Júnior. “Recomendamos apenas que em regiões onde o clima é muito frio, abaixo de dez graus, ao completar o tanque com etanol, deve-se misturar pelo menos dois litros de gasolina para facilitar a partida a frio”, explica o executivo.

Para os modelos da Kawasaki, Santos explica que “misturar os dois tipos de combustível vai prejudicar o funcionamento e o desempenho do motor”, diferentemente do que ocorre com a Yamaha, que também tem produz motocicleta flex. “É possível misturar gasolina e etanol no tanque de combustível em qualquer proporção”, diz a fabricante.

(Foto: Divulgação/BMW Motorrad)

Gasolina adulterada danifica motor das motos

Pagar menos pelo combustível pode ser uma vantagem ilusória. Preços baixos são uma das principais iscas lançadas por postos de abastecimento que vendem gasolina adulterada. Os prejuízos causados ao motor certamente vão afetar o bolso do motociclista, transformando a suposta vantagem em prejuízo. 

Conforme aponta Guedes Junior, os principais sintomas de que o combustível usado na motocicleta pode estar adulterado são “consumo excessivo, dificuldade na partida a frio, fumaça escura saindo do escapamento e falhas na aceleração”.

Santos aponta “falhas durante o funcionamento e desempenho abaixo do normal” como alguns dos sinais de que o combustível pode ter sido adulterado.

Com informações do Instituto Combustível Legal.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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