Saiba em que situações o GNV compensa mais que a gasolina

Veja quando compensa realizar a adaptação veicular para usar o GNV, o Gás Natural Veicular. Confira os detalhes.

Mesmo com alta crescente, o GNV pode ser uma boa saída para enfrentar o aumento dos combustíveis. No entanto, a adaptação veicular só compensa em casos em que o carro percorre longas distâncias.

(Foto: Divulgação)

GNV: combustível pode gerar economia mesmo com os custos de adaptação

De acordo com o mais recente levantamento do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o custo do gás natural veicular, o GNV, aumentou 34,97% no último ano. Porém, mesmo com a alta crescente, o combustível pode gerar economia no comparativo com o etanol e a gasolina.

Para método de comparação, o GNV chega a ser 40% mais econômico que a gasolina e 60% mais vantajoso que o etanol.

No entanto, para que essa economia seja validada, a distância média percorrida pelo carro deve ser levada em consideração, uma vez que os custos de instalação e adaptação podem ser altos.

Quanto é possível economizar com GNV?

Tomando de exemplo o Chevrolet Onix Plus 1.0 (Hatch), um dos veículos de passeio mais vendidos do Brasil neste ano, esta seria sua eficiência energética para cada tipo de combustível:

  • 14 km por litro de gasolina;
  • 10 km por litro de etanol;
  • 16 km por litro de gás natural;

Levando em conta o preço dos combustíveis em novembro de 2022, temos os seguintes custos:

  1. Litro da gasolina: R$ 4,99
  2. Litro do etanol: R$ 3,65
  3. Metro cúbico GNV: R$ 4,99

Assim, a despesa de quem roda, em média, 2 mil quilômetros por mês para cada tipo de combustível será de

  1. Gasolina: R$ 712,85
  2. Etanol: R$ 730,00
  3. GNV: R$ 623,75

Portanto, com o gás natural, o motorista poderá economizar até R$ 106,25 por mês ou R$ 1.275,00 por ano.

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Os valores de instalação do GNV

O custo médio para a instalação legalizada do GNV é de R$ 5 mil. Na conta também deve entrar a inspeção anual obrigatória de R$ 300, e a inspeção especial feita a cada cinco anos, de em torno R$ 350.

Por outro lado, o condutor que realiza a adaptação veicular para o uso do GNV tem descontos do IPVA, o Imposto sobre Propriedade Veiculo Automotor. No Rio de Janeiro chega a ser de 62%, enquanto em outros estados a média é de 25%, como em São Paulo, por exemplo.

Como aferir se compensa realizar a adaptação

Em circuitos urbanos um carro abastecido com etanol faz em média 7 km/l por litro, enquanto com gasolina o consumo é de em média 10 km/l. Já com o GNV, a média chega a ser de 14 km/l.

A média percorrida por um carro brasileiro comum, de uma pessoa que uso para ir e voltar do trabalho e passeios aos fins de semana é de 12 mil km, segundo a KBB.

É preciso levar em consideração o consumo com os demais combustíveis (Foto: Pixabay)

No entanto, ao levar em consideração os custos de instalação, bem como a média de preço de R$ 5,10 o metro cúbico do combustível, a instalação é vantajosa para casos em que a distância atinge médias de 25 mil km ao ano. Ou seja, mais que o dobro da média nacional.

Cálculos indicam que em casos de táxis e carros usados em transporte por aplicativo, onde a média anual de circulação é de em média 50 mil km, a vantagem chega a ser de R$ 15 mil ao ano mesmo após os custos de instalação do kit.

Desvantagens devem ser levadas em consideração

Além dos custos com o combustível, o condutor também deve levar em consideração algumas desvantagens existentes em casos do uso do GNV. A primeira delas é a perda de espaço do porta-malas.

Na maioria dos casos, o cilindro do combustível é colocado no bagageiro do veículo, algo que compromete a capacidade de armazenamento do carro. Também é possível realizar a instalação externa. Porém, essa não é muito recomendada uma vez que pode comprometer a estrutura e segurança do cilindro.

Outro fator que deve ser levado em consideração está relacionado à mecânica do carro. O uso do gás pode ressecar a injeção do veículo, e após um período de uso há a perda de potência. Além disso, em carros de combustíveis flex, a adaptação faz perder a garantia do fabricante.

GNV pode comprometer o espaço do porta-malas (Foto: Instituto Combustível Legal)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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